Depois de enfrentar a maior cheia já registrada, a população amazonense já se preocupa diante das projeções para as cheias e secas no Estado neste ano, especialmente diante da perspectiva de uma seca tão intensa quanto a de 2023.
O meteorologista Renato Senna informa que a preocupação atual é com os níveis de umidade do solo, que permanecem abaixo do ideal, podendo afetar diretamente o período de estiagem. O pesquisador ressalta que apesar disso, ainda é cedo para prever os efeitos que devem ser sentidos esse ano.
“As chuvas voltaram a regularidade momentânea nas principais nascentes formadoras do Solimões, em território colombiano e peruano, bacias dos rios Napo, Ucayali e Marañon. Isto fez com os níveis dos rios recuperassem boa parte de seu volume esperado para a época do ano, porém, sobre território nacional e nascentes do Madeira estes volumes estão ainda muito abaixo do esperado, isto nos causa preocupação porque o nível de umidade dos solos ainda deve estar muito abaixo do que deveria o que poderá ter consequências durante o período de estiagem, mas ainda é muito cedo para prever”, afirma.
Segundo o meteorologista é crucial que autoridades e especialistas já estejam empenhados em planos para mitigar os efeitos desse fenômeno. “A cheia começa a ser prevista ainda no final de março.Durante eventos abertos à comunidade organizados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) nos meses de março, abril e maio, pesquisadores, Defesas Civis estaduais e municipais de nossa região compartilham informações sobre quais as ações necessárias estão sendo tomadas para a mitigação dos eventos extremos”, declara.
O volume de chuvas até abril ou maio influenciará diretamente as condições previstas para o segundo semestre.