De acordo com informações do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o estado do Amazonas testemunhou uma queda de 66% no desmatamento entre janeiro e novembro deste ano em comparação com o mesmo período no ano passado. Durante os meses correspondentes em 2022, a área desmatada atingiu 2.542 km², enquanto, neste ano, esse número diminuiu para apenas 868 km².
O desmatamento acumulado na Amazônia, de janeiro a novembro, apresentou uma redução de 62%, passando de 10.286 km² em 2022 para 3.922 km² em 2023. Apesar de representar a menor taxa desde 2017, ainda significa a perda equivalente a 1,2 mil campos de futebol de floresta por dia. O Imazon destaca a importância de continuar reduzindo essa taxa para atingir a meta de desmatamento zero na região até 2030, conforme anunciado pelo governo federal.
Carlos Souza, pesquisador do Imazon, destacou a relevância dessa redução em um contexto global. “Acabamos de acompanhar mais uma Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28, onde as sociedades científica e civil pressionam por maior redução das emissões de gases do efeito estufa para conseguir frear o aquecimento global e os eventos climáticos extremos que estão relacionados a ele. No Brasil, isso significa prioritariamente acabar com o desmatamento na Amazônia, que foi responsável pela maior parte das emissões do país no ano passado”, explicou Souza.
Apesar das quedas significativas no desmatamento, Pará, Amazonas e Mato Grosso foram os estados que mais contribuíram para o desmatamento na Amazônia entre janeiro e novembro, sendo responsáveis por 74% do total no período. O estado do Amazonas sozinho respondeu por 22% da área desmatada neste ano.