Manaus,6 de novembro de 2024

Cid diz que Eduardo e Michelle queriam que Bolsonaro aplicasse um golpe

Durante delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid explicou que havia um grupo de conselheiros extremistas junto à Bolsonaro quando ele ainda era presidente. Nesse grupo, também estavam presentes o Eduardo Bolsonaro, filho, e Michelle Bolsonaro, esposa, que teriam incentivado um golpe de estado.

De acordo com Mauro Cid, Michelle e Eduardo teriam incitado Bolsonaro a rejeitar o resultado da eleição presidencial de 2022 e dar um golpe de estado para se manter no poder. Ainda de acordo com a delação do tenente-coronel, o grupo extremista dizia que Bolsonaro teria o apoio dos eleitores, principalmente daqueles que possuem licenças de armas tipo CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

Segundo o tenente-coronel, o plano de dar um golpe só não foi adiante porque não houve apoio sufuciente das Forças Armadas. Os militares também haviam sido mobilizados por Bolsonaro para descobrir fragilidades no processo eleitoral no país.

Cid, ainda ressaltou que Bolsonaro resistiu a demobilizar os acampamentos de apoiadores em frente ao Exército, pois acreditava na descoberta de alguma fraude na eleição passada, o que poderia acabar anulando a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em nota divulgada, o advogado de Bolsonaro e Michelle, Paulo Cunha Bueno, disse que as acusações são “absurdas e sem qualquer amparo na verdade e, via de efeito, em elementos de prova”. Bueno afirmou que o ex-presidente e familiares “jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país”.

O deputado Eduardo também negou envolvimento: “Querer envolver meu nome nessa narrativa não passa de fantasia, devaneio”.

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