Manaus,24 de novembro de 2024

Voluntários gravam audiolivros na Biblioteca Braille do Amazonas

Você já ouviu um livro? A Biblioteca em Braille do Amazonas (BBAM), gerenciada pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC) disponibiliza, além de obras impressas, audiolivros gravados por voluntários de diferentes idades.

Clássicos Amazônicos, contos infantis, livros religiosos e obras de muitos outros gêneros fazem parte do acervo disponível no espaço, que fica no Bloco C do Centro de Convenções Gilberto Mestrinho-Sambódromo, no bairro Flores, zona centro-sul de Manaus.

Todos os dias, seis voluntários fazem um revezamento para a gravação das obras, sob a coordenação de Gilson Mauro Pereira, gerente da BBAM.

O projeto começou no dia 1º de maio de 2001, quando a esposa de Gilson, a bibliotecária Sandra Amazonas, gravou um audiolivro em uma fita cassete. Desde então, a coleção de livros só aumentou. “Temos audiolivros dos mais variados assuntos. O tempo de cada gravação depende do número de páginas do livro, mas já levamos até um ano  para gravar grande obras como ‘O livro dos espíritos’”, que tem mais de 500 páginas”, conta Gilson.

Uma das voluntárias é Lúcia Sales, uma aposentada de 58 anos que em 2016 veio do Rio de Janeiro para morar Manaus e acabou participando das gravações de audiolivros. Lúcia, que já fazia trabalhos voluntários em projetos sociais no Rio de Janeiro, viu uma reportagem sobre a Biblioteca Braille e resolveu procurar Gilson para ser voluntária.

“Um dia eu estava levando minha mãe no médico, vi uma reportagem sobre o projeto e resolvi participar. Para mim, ser parte de projetos assim é uma forma de agradecer por tudo o que Deus me deu. A literatura sempre esteve presente em minha vida e é um prazer passar esse sentimento a outros”.

O processo de gravação é simples: o voluntário faz a leitura da obra em um estúdio da BBAM, o editor tira os ruídos do áudio, o transforma em MP3 e, em seguida, grava em um CD que estará disponível na biblioteca.

Como participar

Para ser voluntário da Biblioteca Braille do Amazonas basta entrar em contato com os coordenadores através do e-mail braile@cultura.am.gov.br, ou ir até a Biblioteca Braille, no Bloco C do Sambódromo, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

19 anos de fundação 

O espaço foi inaugurado em 8 de novembro de 1999, no prédio da Biblioteca Pública do Amazonas e nesta quinta-feira completa 19 anos de existência. Em 4 de abril de 2008 foi transferido para o bloco C do Centro de Convenções – Sambódromo.

Atualmente, a BBAM realiza empréstimos de livros em braille, de livros falados e exibição de filmes com audiodescrição. Além disso, promove cursos de informática e música (teclado e violão) para deficientes visuais, produz livros falados em voz sintetizada e humana e realiza transcrições de livros braille. A biblioteca recebe cerca de 120 usuários por mês.

Com informações da assessoria

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