A Polícia Federal aceitou, nesta quinta-feira (7/09), fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pelo G1.
À tarde, Mauro Cid compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF), voluntariamente, para confirmar sua intenção de colaborar com as autoridades em uma delação premiada.
O juiz Marco Antônio conduziu uma audiência com Mauro Cid e seu advogado para verificar a autenticidade de sua decisão, que agora, será submetida à análise do ministro do STF, Alexandre de Moraes, para homologação.
A Polícia Federal (PF) concordou em fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, após este ter prestado depoimentos nos últimos 20 dias. Entretanto, o Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser consultado para definir as condições finais do acordo.
As suspeitas que recaem sobre o ex-ajudante de ordens incluem seu envolvimento em uma série de atividades ilícitas, sendo suspeito de participar da tentativa de trazer ilegalmente para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita e de tentar vender, de forma irregular, presentes oferecidos ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras durante viagens oficiais.
Além disso, Mauro Cid é investigado por suposto envolvimento em uma fraude relacionada às carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente, bem como por tratativas relacionadas a uma possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro.
As investigações também abrangem seu suposto envolvimento em tratativas relacionadas a um possível golpe de estado.