Tereza Santos
Você já acompanhou bem de perto o crescimento de uma criança? Desde o ventre? Seu coraçãozinho batendo a uma velocidade inigualável, mostrando em todo o seu volume a sua vontade de viver? E quando eles nascem? Olhos fixos, uma atenção em todos os sons e movimentos ao seu redor, seus primeiros movimentos, sua boquinha procurando o seio materno. Sim, isso é desenvolvimento infantil. Não podemos falar de aprendizagem infantil sem nos reportarmos ao primeiro sinal de vida desta criança. Por que, desde ali, guardado no útero materno eles aprendem e aprendem muito. Identificam o som da voz de sua mãe, sentem seu cheiro.. já se percebem, brincam com o cordão umbilical. Desconfio que até dançam ao som de uma música do seu agrado. Ao nascer, observamos seus primeiros sons, sua vontade de ficar de pé, seus primeiros passos e assim vão, dia após dia, crescendo, desenvolvendo, aprendendo. Aí um belo dia chega a hora dessa criança conhecer a Escola. Algumas bem cedo, outras já nem tanto e tem aquelas muitas que vão conhecer já bem tarde, quando seus pais descobrem que pra receber ajuda social do governo é preciso que a criança esteja frequentando a Escola. (sobre isso falaremos em outro momento). Então, chegamos ao primeiro contato de uma criança com a escola. As mais novas, de 0 a 3 anos ingressam na creche e as de 4 e 5 anos na pré-escola. A esta etapa da educação damos o nome de Educação Infantil. Segundo nossa Lei de Diretrizes e Bases da Educação, esta é a primeira etapa da educação e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (LDB, art.29).
Esta modalidade de ensino, a meu ver, é de extrema importância para o desenvolvimento integral da criança. É nesse momento que ela irá compreender conceitos básicos da socialização, da cognição, do respeito, organização, entre muitos outros conceitos. O que exige uma significativa atenção das várias dimensões do desenvolvimento infantil tendo como base a indissociabilidade do educar e do cuidar no atendimento às crianças em jornada diurna de tempo parcial ou integral, por meio de práticas pedagógicas cotidianas. Essas práticas devem ser intencionalmente planejadas, sistematizadas e avaliadas em um projeto político-pedagógico que deve ser elaborado coletiva e democraticamente com a participação da comunidade escolar e desenvolvido por professores habilitados. Ou seja, não é qualquer pessoa que você deve delegar para ensinar seus filhos. Observe que uso o termo “ensinar”, já que educar é seu papel enquanto pai e mãe dessa criança. Lembre-se a educação infantil tem como principal finalidade o desenvolvimento integral da criança e complementa a ação da família e da comunidade, não o contrário.
Estejam atentos, o bem mais precioso que podemos deixar de herança para nossos filhos é o conhecimento.
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