MANAUS – O prefeito de Coari, Adail Filho, se entregou na tarde dessa quinta-feira (26), na sede do Ministério Público (MP) do Estado do Amazonas.
Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça, por suspeita de participar de esquema de desvio de recursos federais destinados à Educação Básica de Coari. O município fica a cerca de 440 quilômetros da capital Manaus.
O mandado contra o prefeito foi um dos quatro de prisão temporária cumpridos nessa quinta-feira durante a Operação Patrinus.
Realizada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas, Controladoria-Geral da União (CGU) e Polícia Civil (PC), a ação fez ainda buscas em residências, órgãos públicos e empresas, na cidade de Manaus e em Coari. Entre os endereços, imóveis ligados à deputada estadual Mayara Pinheiro, irmã de Adail Filho e ex-vice prefeita do município, na chapa do irmão.
De acordo com o MP, o esquema teria movimentado R$ 100 milhões, entre os anos de 2017 e 2018. A CGU afirma que as investigações constataram dispensas indevidas de licitações, contratos superfaturados, direcionamento de licitações para empresas “apadrinhadas” por pessoas ligadas ao prefeito e apropriação indevida de recursos do Fundeb.
Em nota à imprensa, o prefeito Adail Filho afirmou que ainda não teve acesso aos autos do processo, mas que as acusações não têm qualquer sustentação. Segundo Adail Filho, a seriedade de sua condição como administrador de uma cidade que já voltou a ser uma das mais desenvolvidas do Amazonas é a razão dele ser alvo dos mais diversos interesses e acusações infundadas.
Também por meio de nota, a deputada Mayara Pinheiro defendeu o irmão e considerou o pedido de prisão temporária de Adail Filho uma decisão desnecessária, devido à disposição do prefeito em manter a transparência.
A parlamentar não se pronunciou sobre as buscas feitas em imóveis ligados a ela. Adail Filho e Mayara Pinheiro são filhos do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro condenado por exploração sexual de crianças e adolescentes.
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