Apontado como um dos alvos do esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apelidado de Abin Paralela, o deputado Kim Kataguiri (União-SP) reagiu apontado o “caráter autoritário” do governo Jair Bolsonaro (PL).
Segundo a Polícia Federal, o militar Giancarlo Gomes Rodrigues pediu que a agência fizesse uma “caça aos podres” do parlamentar.
“Mostra também o caráter autoritário e persecutório do governo Bolsonaro que estava mais preocupado em perseguir os seus adversários políticos do que em governar o país. Não à toa que perdeu as eleições e entregou o Brasil de volta para o PT. Por isso nós vamos tomar todas as medidas judiciais cabíveis pra responsabilizar todos aqueles que tomaram essas ações criminosas contra mim, contra meus assessores e meu mandato”, declarou o deputado.
Veja os alvos da ‘Abin Paralela’
Segundo a PF, foram monitoradas as seguintes autoridades, servidores e profissionais de comunicação:
- Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux
- Poder Legislativo: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, Joice Hasselmann e Jean Wyllys (PSOL). E os senadores: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que integravam a CPI da Covid no Senado.
- Poder Executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo; os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; os auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
- Profissionais de comunicação: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.