Manaus,23 de novembro de 2024

David Almeida diz que Aleam quer deixá-lo inelegível

O prefeito de Manaus David Almeida (Avante) declarou, durante entrevista a um programa de rádio local, que a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) “trabalha” para deixá-lo inelegível nas eleições 2024. A avaliação do prefeito ocorreu durante as discussões em torno da ação da Aleam em mudar a legislação que retirou policiais militares da segurança pessoal do prefeito, que já foi governador interino do Amazonas.

David Almeida classifica a lei aprovada como “lei alfaiate” – quando a lei é direcionada e feita sob medida para alguém – e afirma que nenhum outro integrante que já ocupou o cargo de governador no Amazonas perdeu a prerrogativa de policiais militares fazendo a segurança, a não ser ele. A proposta foi aprovada na Assembleia Legislativa do Amazonas, sem o voto dos deputados Daniel Almeida (Avante), irmão de David Almeida, e Abdala Fraxe (Avante), aliado de Almeida.

“Foi direcionada, foi uma lei criada, a gente chama lei de alfaiate, você conhece e já foi deputado, ela tinha direção e foi direcionada a mim. Como eles retiraram essas prerrogativas do cargo que eu ocupei, eu era o presidente da Assembleia e assumi, eles retiraram somente do caso do prefeito Davi agora. E é interessante que ao mesmo tempo que retiram esse encargo, somente essa linha da lei que foi aprovada, os demais governadores continuam com essa prerrogativa. Eu não quero aqui fazer acusações, nem posições, mas a mesma Assembleia que retira esses direitos, as prerrogativas do cargo que ocupei, ela está agora julgando as minhas contas de governador interino com clara intenção de reprovar as contas de governador interino que foi aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas para me deixar inelegível“, afirma o prefeito.

Almeida ressalta que as suas contas foram aprovadas em 2017, ano que exerceu o cargo de governador interinamente pelo Tribunal de Contas do Amazonas.

“Essa é a verdade. Então, o que acontece? Em 2017 eu fui governador interino por quatro, cinco meses, teve três governadores, o Tribunal de Contas aprovou as nossas contas com parecer favorável do Ministério Público de Contas e o que aconteceu com essa lei, essa aprovação? é um ato preparatório para que eles possam colocar em análise as minhas contas, a do Amazonino e do Melo para que eu possa ficar inelegível para a eleição. Esse é o pano de fundo (sic)”, completa.

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