O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, refutou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e informou que o livro O Avesso da Pele, do autor Jeferson Tenório, foi incluído no acervo do Ministério da Educação (MEC) durante a gestão passada.
“Nós estamos assistindo, nos últimos dias, a um ataque vergonhoso, uma fake news mentirosa promovida, multiplicada por parlamentares, lideranças bolsonaristas no que diz respeito ao livro do consagrado escritor Jeferson Tenório O Avesso da Pele”, afirmou o ministro. “Toda uma polêmica que envolve a utilização dessa obra no catálogo das obras disponibilizadas pelo MEC para as escolas de ensino médio de todo o Brasil”, disse ele, nesta segunda-feira (4/3), em vídeo.
Uma diretora de uma escola de Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, publicou um vídeo, na última sexta-feira (1º/3), em que pede a retirada dos exemplares do livro da instituição e que professores não utilizem a obra em sala de aula
Apoiadores argumentam que o livro supostamente distribuído pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utiliza linguagem inapropriada para os estudantes do ensino médio. Nas redes sociais, centenas de usuários condenam a obra de Jeferson Tenório.
Paulo Pimenta, por sua vez, recomenda a leitura do romance e esclarece que ele foi incluído no catálogo do MEC durante a gestão de Jair Bolsonaro e não na atual administração, como muitas publicações sugerem.
Avesso da pele
O romance é do autor Jeferson Tenório e trata sobre temas como relações raciais, violência e racismo estrutural. O autor é natural do Rio de Janeiro e vencedor do Prêmio Jabuti, um dos mais tradicionais da área literária.
A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul determinou que o livro O Avesso da Pele seja mantido em escolas de Santa Cruz do Sul