Após a repercussão do embate entre vereadores da base aliada da prefeitura de Manaus com a vereadora Professora Jacqueline (União), os parlamentares usaram parte da sessão desta quarta-feira (28/2) para se justificarem.
O vereador Eduardo Alfaia (PMN) afirmou os parlamentares da base não aceitam serem acusados de agressores de mulher e de violência politica. O parlamentar sustentou que o termo jurídico “violência política” não existe e que vereadores estavam se defendendo de acusações do uso da máquina pública para retaliação.
“Minha vózinha já dizia, quando um mentiroso é descoberto tem duas reações: ou fica irado ou se finge de vítima. (…) A base da prefeitura foi acusada ontem de usar a estrutura da máquina pública para retaliação, não vamos aceitar isso calados. Eu separei aqui cuidadosamente alguns dos comentários pelos quais fui atacado nas redes sociais. Nos chamaram de agressores de mulher, eu sou casado com uma mulher, sou filho de uma mulher e tenho mulheres no meu gabinete. Eu sou da base do prefeito e não aceito essa rotulação. Eu acho que preciso voltar para a sala de aula de direito, porque não lembro desse termo (violência política) e as pessoas tentam meter isso goela-abaixo, não aceitaremos essa rotulação de agressores”, afirmou o vereador.
O vereador Raulzinho. que havia afirmado que a colega se construiu como vereadora aparelhando setores da Secretaria de Educação (Semed), voltou atrás e afirmou, hoje, que não elevou o tom com ela e nem foi desrespeitoso.
“Sou filho de uma mulher, trabalho com crianças e se trabalho com crianças, respeito a mãe dessas crianças. De maneira nenhuma eu vou levar as discussões dessa Casa para fora dessa Casa, não falei em nenhum momento nem em alto tom. Ontem nas minhas palavras em discurso, tratei com respeito vossa senhoria, sempre tive um bom relacionamento tanto com oposição, quanto com situação”, vereador Raulzinho sobre discussões com professora Jacqueline.
O vereador e presidente da Casa, Caio André (Podemos) afirmou em discurso na tribuna que a Casa não pode ver a situação da última terça como “normal”. O parlamentar pediu reflexão dos pares sobre o ocorrido.
“Eu quero vos dizer a todos que nos assistem, que não podemos achar normal oque aconteceu ontem. De fato estamos em um parlamento onde podemos salutar e ter ideias divergentes, mas o que aconteceu ontem não pode ser considerado normal. Não falo isso como presidente desta mesa diretora, com o cargo do qual estou ocupando momentaneamente e sim como vereador, passei s dois primeiros anos sentado ai onde vocês estão, do qual sobre a batuta do presidente David Reis, tivemos embates por não achar normal certas decisões. Tem coisas que não podemos achar normal, dentro de um parlamento”, Caio André.
Na sessão de terça-feira, a vereadora Professora Jaqueline acusou os colegas de intimidação, após ela relatar que ela estaria enfrentando represálias por parte de gestores da educação. Ela teve o apoio das outras vereadoras da Casa.