Manaus,24 de novembro de 2024

Prisão de Bolsonaro seria justa para 50% dos brasileiros

Metade dos brasileiros consideram que seria “justo” prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio às investigações da Polícia Federal sobre a articulação de um golpe de Estado. Enquanto isso, 39% consideram que seria “injusto”, e 10% não souberam ou não responderam. Os dados foram coletados em pesquisa Genial/Quaest, entre os dias 25 e 27 de fevereiro.

O levantamento com 2.000 eleitores, por meio de entrevistas presenciais, mediu a percepção dos brasileiros sobre o ato realizado por aliados do ex-presidente na Avenida Paulista.

Segundo o levantamento, mesmo um em cada dez eleitores que dizem ter votado em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022 concorda que seria justo ele ser detido, enquanto 82% rejeitam. Entre os eleitores de Lula, naturalmente, o resultado se inverte: 79% veem justiça em uma eventual prisão, e 12% veem injustiça.

De acordo com o levantamento, aqueles que consideram que Bolsonaro está sofrendo uma perseguição, como ele e alguns de seus apoiadores argumentam com frequência, são 39%. Por outro lado, 53% dos brasileiros dizem que isso não está acontecendo, enquanto 7% não souberam ou não responderam. O mote da injustiça foi o principal tema nos discursos feitos na Avenida Paulista no último domingo.

A Quaest também questionou os brasileiros se eles acham que Bolsonaro participou ou não de um plano de golpe de Estado. Os que acham que sim são 47%, enquanto 40% acham que não. Os outros 13% não souberam ou não responderam. Entre os eleitores de Lula em 2022, os que acham que Bolsonaro tentou dar um golpe são 77%, contra 12% que não veem assim. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 9% veem sua participação em um plano de golpe e 83% não concordam que isso tenha acontecido.

Para 51% dos brasileiros, a Justiça acertou em tornar Bolsonaro inelegível. Enquanto isso, 40% apontam que houve erro nessa decisão. A inelegibilidade já foi decretada em dois processos no Tribunal Superior eleitoral (TSE). No primeiro, em razão dos ataques às urnas eletrônicas feitos em uma reunião com embaixadores em julho de 2022. No segundo, por conta de abuso de poder político nos eventos oficiais de 7 de Setembro daquele ano. Por causa disso, ele não poderá disputar eleições até 2030.

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