Marcada para o próximo dia 25 de fevereiro, a manifestação na Avenida Paulista orquestrada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores tem atualmente total atenção de seguidores dele no Estado. A preocupação de parlamentares amazonenses com a divulgação do evento atinge todas as casas legislativas e deixa de lado causas fundamentais do Estado como a crise na saúde e agora a crise na segurança privada em prédios públicos da capital.
Bolsonaro quer usar a manifestação para se “defender” das recentes acusações de golpismo que ensejaram operações da Polícia Federal contra ele e aliados nas últimas semanas.
No Amazonas, o deputado federal Capitão Alberto (PL), atualmente pré-candidato à prefeitura de Manaus, foi um dos primeiros parlamentares a “convocar” a população para o ato de 25 de fevereiro. Nas redes sociais o parlamentar divulgou o vídeo em que Bolsonaro convida a população.
A deputada estadual Débora Menezes (PL) também utilizou as redes sociais para repostar o mesmo vídeo. Débora não tem feito nenhum pronunciamento sobre as crises que Estado enfrenta, assim como o deputado federal Alberto Neto.
Outro parlamentar da Assembleia Legislativa do Amazonas que também ignora esses problemas é o Delegado Péricles. O político, que é da área da segurança, não se manifestou até o momento sobre a falta de pagamentos de profissionais que fazem a segurança de prédios do Estado e unidades de saúde, mas não deixou de promover o evento de Bolsonaro no próximo dia 25.
Com larga experiência na vida política, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto é outra figura política que atualmente também vereda sobre o Bolsonarismo. Além de ter apoiado o ex-presidente nas última eleições, Arthur defendeu em um vídeo publicado em seus canais oficiais a convocação do ex-presidente.
O ex-candidato ao senado Coronel Menezes é outro personagem que divulga o evento de Bolsonaro. Menezes, que deve disputar o pleito 2024 ao lado de Alberto Neto, não tem apresentado planos de políticas públicas para a capital e nem tem manifestado preocupação com o que Manaus e o Estado vem enfrentando.
Crises
O sindicato Sindicato dos Vigilantes de Manaus (Sindevam) anunciou que neste sábado (17/2) os profissionais da área da segurança privada que realizam serviços em repartições públicas do Estado vão interromper suas atividades. A manifestação ocorre após atrasos de pagamentos do governo do Amazonas.
Além do atraso de quase 8 meses para profissionais da segurança, as unidades de saúde da capital também enfrentam falta de insumos e atraso no pagamento de profissionais da saúde.
