A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8/2) mira 16 militares das Forças Armadas que, segundo as investigações, teriam participado da elaboração de um golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. O Amazonas é um dos estados onde os mandados estão sendo cumpridos.
Também é alvo da operação o próprio Bolsonaro, que terá 24 horas para entregar seu passaporte para a Polícia Federal (PF).
Em outubro de 2022, Bolsonaro foi derrotado nas eleições presidenciais em segundo turno. Com isso, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a presidência em 1º de janeiro de 2023.
Bolsonaro não passou a faixa e, nos meses entre a eleição e a posse, grupos extremistas bloquearam estradas, questionaram a validade do resultado e tentaram invadir a sede da PF em Brasília, entre outros atos.
Segundo o inquérito, os militares atuaram em duas principais frentes:
- a primeira foi na “produção, divulgação e amplificação” de notícias falsas relacionadas à lisura das eleições presidenciais de 2022. A investigação afirma que eles tinham a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quarteis e instalações das Forças Armadas e criar o ambiente propício para o Golpe de Estado. Ainda de acordo com o inquérito, o grupo incitava outros militares a aderirem à ideia, diretamente ou por meio de influenciadores nas redes sociais.
- a PF afirma que a segunda frente de atuação dos militares seria no apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento de ações para manter os acampamentos em frente aos quartéis militares, incluindo mobilização, logística e financiamento de militares das Forças Especiais.
A operação desta quinta cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.
Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em nove estados e no Distrito Federal:
- Amazonas
- Rio de Janeiro
- São Paulo
- Minas Gerais
- Mato Grosso do Sul
- Ceará
- Espírito Santo
- Paraná
- Goiás
- Distrito Federal