Manaus,23 de janeiro de 2025

Pré-candidatos deixam propostas em segundo plano

A cada eleição, a polarização no Brasil se intensifica e, nas eleições municipais de 2024, essa tendência se mantém com candidatos à prefeitura se preocupando mais com suas ideologias e bandeiras partidárias do que com propostas concretas para a melhoria da população.

Tanto esquerda quanto direita querem ampliar sua influência nas casas legislativas, com o intuito de fortalecer seus partidos para a disputa.

Um grande exemplo disso é o Capitão Alberto Neto, deputado federal e pré-candidato a prefeito, que tem atuado como advogado da direita.

Desde que confirmou sua pré-candidatura, o deputado não falou de nenhuma proposta significativa para a cidade. Em vez disso, foca frequentemente em questões de “perseguição à oposição”, criticando ações do governo e defendendo bolsonaristas que estão sendo investigados ou já respondem algo para a justiça.

Como evidenciado em suas redes sociais, sua postura reflete a prioridade dele em manter uma disputa entre direita e esquerda do que uma busca pela melhoria da qualidade de vida da população amazonense.

Tudo pela eleição

Em uma estratégia para melhorar sua imagem e do partido, Coronel Menezes, mesmo tendo previamente rotulado seu colega como “judas”, agora confirma uma articulação com Alberto Neto. O bolsonarista também prioriza a defesa de questões do partido e pouco tem falado de propostas.
“Estou disposto a promover a pacificação do partido em Manaus. Precisamos nos unir para somar, esse é o desejo do Presidente Bolsonaro. Manaus é uma capital que tem importância estratégica para todos os nossos projetos de futuro. Precisamos fazer da nossa capital uma referência no Brasil e recolocá-la nos eixos, dar um choque de gestão, aliás, algo que não tem há muito tempo. Temos um pintor e não um gestor”, confirmou Menezes a equipe do Comun.

Direita em conflito

Há quem enxergue oportunidade para promoção pessoal nos conflitos entre os concorrentes. Maria do Carmo Seffair, reitora da Fametro e presidente do partido Novo no Amazonas, aproveita a possível aliança entre rivais para criticar a falta de foco no bem da população.
“Me perguntaram o que eu achava dessas movimentações em torno das prováveis candidaturas e novas alianças. Bom eu vou falar igual Boris Casoy: Uma vergonha, né, claro. Claro que aqui ninguém tá pensando no povo, ninguém está pensando em bem de ninguém, está pensando no seu”, comentou em suas redes sociais.

 

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