A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) questiona a ferramenta e o método utilizados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para recuperar um vídeo publicado e depois apagado por ele com questionamentos às urnas eletrônicas e mentiras sobre as eleições. Agora, eles querem a exclusão do vídeo recuperado
A PGR informou ter conseguido recuperar o material, considerado fundamental para uma eventual denúncia contra o ex-chefe do Executivo por incitação ao crime em decorrência dos atos de 8 de janeiro. Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (19/12), a defesa de Bolsonaro disse que a postagem foi feita de forma “acidental” e apagada “poucas horas depois”, o que mostraria que o ex-presidente “não pretendeu insuflar qualquer forma de subversão”.
Para os advogados de Bolsonaro, “é preciso cautela” ao se analisar o vídeo recuperado pela PGR como prova, dado que ele não foi obtido diretamente dos servidores da Meta, empresa responsável pelo Facebook.
Caso
O vídeo em questão foi postado no perfil de Bolsonaro no Facebook em 10 de janeiro, dois dias depois dos ataques às sedes dos Três Poderes. No material, o procurador Felipe Gimenez, de Mato Grosso do Sul, defende que a eleição de Lula foi fraudada e que o voto eletrônico não é confiável. O recorte mostra a legenda “Lula não foi eleito pelo povo, ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE”.