O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), parte para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde ocorre a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) 28, com uma missão: cobrar a Amazon, de Jeff Bezos, pelo uso do nome.
“A Amazon usa o nome do Amazonas, usa o nome da Amazônia. Quanto é que a gente ganha por isso? A gente quer saber. Esse é um dos questionamentos que a gente vai fazer la na COP”, disse o governador a jornalistas na quarta-feira (29/11). Segundo Lima, há uma reunião marcada com a Amazon “com objetivo de fechar uma parceria”.
Nesta quinta (29/11), Lima divulgou uma propaganda para envelopar melhor sua proposta a Bezos. O vídeo, recheado com imagens da Amazônia, diz:
“Ah, Jeff, você já me viu do espaço, do foguete e até voando de helicóptero, mas ainda não me conhece de verdade. Eu sei que você é dono da Amazon e que temos muito em comum. Você distribui milhões de produtos e tem o maior parque de logística do mundo. Eu produzo ar puro para todo o planeta e tenho a maior biodiversidade da Terra. Se a sua empresa parasse, Jeff, muita coisa ia atrasar. E, se eu parasse, o clima ia esquentar. Se a sua empresa é a mais valiosa de todas, o meu valor é incalculável. E já que você usa o meu nome e eu nunca ganhei nada com isso, vem aqui me conhecer de perto, Jeff. Debaixo das minhas árvores vivem pessoas e, sem cuidar delas, é impossível cuidar de mim. Desce aqui, Jeff. A Amazônia está chamando você.”
COP 28
A COP 28 começa oficialmente nesta quinta, 30, e prevê eventos até 12 de dezembro. Caso Lima consiga tirar algum dinheiro de Bezos, vai se abrir uma possibilidade de negócio para outros sete países. Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname também abrigam porções da floresta amazônica e do rio Amazonas.
A Amazon foi nomeada inicialmente de “Cadabra”, mas o fundador optou por um nome com a letra A, a primeira do alfabeto, para encabeçar a lista de sites, organizada nos primórdios da internet em ordem alfabética.
Há também uma simbologia na referência ao rio Amazonas, o maior do mundo. Bezos esperava que sua loja de livros se tornasse a maior do mundo, o que de fato ocorreu antes de dar origem a uma das maiores empresas de tecnologia do planeta.
Bezos disse em 2022 que pretende doar a maior parte de sua fortuna, estimada em 124 bilhões de dólares, para caridade ainda em vida.
