Manaus,5 de outubro de 2024

Plínio Valério: Abrimos a caixa preta das Ongs para o Brasil

À frente da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) das Ongs, o senador amazonense Plínio Valério garante que os trabalhos já tem resultados sólidos em torno da Amazônia Legal. Valério explica que a CPI não prometeu cassar, nem prender pessoas e sim abrir a “caixa preta” sobre financiadores de Ongs na Amazônia.

Em uma entrevista franca, além de criticar o trabalho de ONGs na Amazônia, motivo da proposta da CPI, o parlamentar também disse que há exagero na demarcação de terras indígenas no Brasil. Ele fez, ainda, uma análise sobre a situação atual do PSDB no Amazonas e afastou a hipótese de ser candidato à Prefeitura de Manaus, em 2024.

Acompanhe a entrevista:

COMUN – O que motivou a criação da CPI. Qual sua é a memória mais remota do senhor sobre a atuação de ONGs na Amazônia?

Essa memória vai, com certeza, há mais de 50 anos. Na beira de rio, lá em Eirunepé, bem na cidade mesmo. A gente via barco, às vezes até balsa e pessoas religiosas, de missões religiosas, transportavam caixas lacradas, caixas de madeira, caixas de sabão. Isso chamava a atenção, porque eu era menino curioso e ninguém tinha acesso, não via. Aquilo ficou na memória. Eu me tornei repórter e, como repórter, fui a São Gabriel da Cachoeira pesquisar. Vi as missões estrangeiras no meio do rio, tendo todo o aparato, toda regalia e a gente não podendo sequer entrar lá. Na peça que a gente escreveu, Sem Raiz, a gente falou disso. Eu falei disso numa música que a gente viu no festival, em 81. Então, isso ficou na memória. Um eu sonhava ser Senador da república e prometi, na minha campanha, que faria isso, que investigaria essas missões. Hoje são profissionalizados, ambientalistas que prestam serviço deliberado e consciente para quem os financia de isolar a Amazônia, de não permitir que nós, que o Brasil use os bens naturais da Amazônia. Isolar para que ela se torne um grande celeiro mundial, uma dispensa de recursos naturais para as futuras gerações deles, que já estão esgotados os recursos. Daí esse exagero da demarcação de terras indígenas e de áreas de proteção, e de partes, porque são exatamente onde existem as riquezas naturais.

COMUN –  A CPI das ONGs tem gerado os resultados que o senhor imaginou? O senhor recebeu o apoio que esperava?

Não recebi tanto apoio, não tenho, mas já esperava isso. É muito bom quando você escolhe o fardo. Você escolhe o fardo, você não pode esquecer que ele está pesado, é o fardo que você escolheu. Sim, a repercussão tem sido muito boa, graças às redes sociais. E graças também ao fato do governo, desse pessoal, pela sua soberba, me subestimam, então me deixaram à vontade para correr. Dois anos não saiu, quatro anos não saiu, “ah, não vai ser instalada”, foi instalada. “Ah, mas lá a gente controla. Não controla”. Então, agora eles despertaram, mas já é tarde, eles não têm como dominar. Nós conseguimos sim. A gente prometeu abrir a caixa preta, e nós abrimos a caixa preta para o Brasil. O que a gente alerta para as pessoas é que não esperem que a CPI condena e prenda, isso é com o Ministério Público Federal. Nosso relatório será enviado ao Ministério Público Federal. Se fosse o Ministério Público Federal que a gente confiasse primeiramente, sabia que iria dar em andamento, mas ninguém confia tanto assim neles. Mas, nós vamos apresentar nosso relatório, enviar ao Ministério Público Federal, por uma questão sólida também à presença federal, mas não obrigatório. Nós vamos apresentar projetos de leis soluções para que principalmente o Fundo Amazônia se torne transparente e passe a financiar entidades, municípios, pessoas que verdadeiramente estão preocupadas com a floresta e as pessoas, e não só com a floresta. Eu só peço que a população brasileira não crie expectativa quanto a gente prender e caçar pessoas. Nós não temos esse poder. Nós vamos fazer o relatório. Mas respondendo a sua pergunta, sim, satisfeito, o resultado é muito bom e eu vejo pela repercussão no país inteiro.

COMUN – O que pode ser apresentado de resultados até agora? Quais os próximos passos?

Foi traçado um roteiro, roteiro na minha cabeça, até muito maior que é no papel. Vamos dar voz a quem não tem. Vamos dar visibilidade aos indígenas, que estão dentro das malocas, das aldeias, que não são ouvidos, que passam necessidade, que vivem na completa pobreza, beirando a miséria. Porque você só vê índios elogiando onde são aqueles índios treinados, todos treinados para falar bem. Então, nós demos voz aos mudos, nós demos visibilidade aos indígenas, vieram dizer aquilo que a gente sabia que o Brasil não conhecia. Nós fomos ao Ministério Público Federal e apresentamos a denúncia contra o ICMBio, porque a Reserva é regime de escravidão. Em 2023, e quem está dizendo isso é quem foi lá e viu, trouxeram os depoimentos e estão tomando providência. Por isso que eu te digo que o ICMBio vai ser responsabilizado por muita coisa.

Nós estamos falando daquelas ONGs que no município transformam mestiços e pardos em indígenas para espalhar ou deixar eles lá, mas depois requerer mais áreas indígenas. Nós estamos falando dessas ONGs, daquelas que vão para o meio do mato, não prestam conta a ninguém e só vão dizer: “olha, a Amazônia não tem jeito, está pegando fogo, isso é o caos”. Eles são pagos para isso e quem os paga não cobra prestação de contas porque quer ver o resultado. Qual é o resultado? Qual é o resultado de quem paga esse alarme falso? Os grandes fundos internacionais, as grandes empresas transnacionais, internacionais como Ford, Mitsubishi, elas criaram um fundo e esse fundo, ele é um arco milionário. E o que esse fundo faz? Financia ONGs, Greenpeace, WWF. E eles, por sua vez, passam nos países que eles querem criar ONGs e comunizar seus nomes. Vou te dar um exemplo: nós até agora levamos 5 ONGs para depor a CPI e tem uma daqui do Amazonas. Se você somar essas 5 ONGs, elas já receberam, desde a sua existência, 2 bilhões. E por que a gente teve muita fumaça? Muito fogo, porque a gente não tem um avião para jogar água no fogo, não tem helicóptero para ir lá, não tem um avião de espuma, não tem carros-pipas decentes. Esse dinheiro é jogado, é colocado nas mãos dos municípios, principalmente dos municípios ou do próprio governo, não nas mãos das ONGs. Então, isso que a gente quer, que o Fundo Amazônia seja mais democrático, não financie só a luva, que é a luva que casa na mão das ONGs. O Fundo Amazônia é isso. Todo mundo pode fazer um projeto, mas quem finaliza são eles, então, só para eles. Então, a gente quer que sejam mais democráticos, que cheguem no município, que o município possa ter um carro-pipa decente, porque eu sei que no próximo ano vai começar a pegar fogo aqui perto de Autazes.

COMUN – Acredita que o MPF pode não atender denúncias ao fim da CPI?

O relatório vai apresentar denúncias, talvez algum indiciamento, não sei se é possível para cá. Até aqui não tivemos motivo para pedir, mas essa parte será feita. Agora, o Ministério Público vai olhar e vai dar andamento num regime democrático, numa sociedade normal, mas vamos esperar e cobrar para isso. Mas, nós, no próprio relatório, depois vamos apresentar projetos de lei para dar luz a essa escuridão. Por exemplo, o mais comum, o mais normal, o normal dele será saber quem dá dinheiro para essas ONGs, por que dá dinheiro, quem recebe e o que faz com esse dinheiro?, e a quem presta contas? Hoje não tem nada disso. Se a gente conseguir colocar na lei esse controle, controlar o número de homens, não limitar, mas controlar. Quantas outras existem, o que elas fazem, cadastram, quanto elas receberam, por que receberam, o que fizeram com esse dinheiro. E eles enriquecem às custas da pobreza dos indígenas.

COMUN – A Ministra Marina Silva foi convidada. O senhor acredita na participação dela? Que avaliação o senhor faz da atuação dela até aqui?

A Marina tá sendo chamada porque ela aparece muito entre IBAMA e ONGs, que tem pessoas ligadas à Marina, aparece nomes de pessoas que já tiveram no Ministério Público, de pessoas que já tiveram no IBAMA. Então esse relacionamento promíscuo que existe é que está levando a ministra lá para a gente perguntar. Já mostramos isso, que existe essa relação. Hoje o Chico está numa ONG de peso, amanhã o Francisco está na FUNAI e no IBAMA. Quando muda o governo, aí o Francisco vai para a ONG e o Chico vai para a FUNAI, só dá ex. Então, você pega esses anos todos só dá ex. Então a Marina é responsável por indicar a FUNAI, indicar o IBAMA. E quem é Marina, ela é um instrumento dessa organização internacional, dessa agenda global, ela é uma das executoras, ela é empoderada para ser a Marina, que é referência no meio ambiente, ela recebe prêmios, medalhas, dada por eles, ela representa esse grupo. Ela será chamada. A gente vai conversar, vai perguntar, nós temos contas a acertar com ela sobre a BR-319. Não tem como fugir, você tem senador de Rondônia, tem senador de Roraima e tem senador do Amazonas, então essa pergunta virá e ela vai dizer aquelas mentiras que ela sempre fala, vai ter todo direito de mentira. Porque às vezes, na cabeça dela, ela está mentindo, ela acredita naquilo, então ela vai dizer o que quer. Essa é a nossa estratégia, a pessoa vem e tem 30 minutos para exibir slides, vídeos belíssimos, né? Só que agora, quando a ONG começa, eu digo: ó, é muito bonito isso aí, mas olha, a ONG aqui já recebeu 780 milhões, viu? E a gente começa… porque eles pegam um nicho, é como se nessa sala aqui fosse a Amazônia. Aí eles pegam, tá aqui, isso aqui (um pincel). Aí eles fazem um nicho aqui, aí financiam essas dez famílias, fazem casas, uma casa de farinha, produz, a renda melhorou aqui. Mas olha toda a Amazônia e olha o valor que eles receberam pra isso. Não, se ele faz a parte dele, não, não faz, não. Com o dinheiro que recebe, não faz, não. É muito mais. Então, essa verdade crua que a gente tem mostrado. Esse é o legado, esse é a vantagem da CPI. E eu vou passar pra história como maluco que resolveu fazer isso. Senador maluco resolveu fazer isso.

COMUN – O senhor é atualmente o único senador de direita na bancada amazonense. Como tem sido esse relacionamento com os demais senadores?

De fato da direita, eu não me considero, mas não rechaço, né? Quem tem que me considerar de direita é você que pensou, eu faço o que a consciência humana diz né? Tanto é que no governo Bolsonaro eu devo ter apoiado até 80%. Agora, nesse governo já chega aos 60. Então, o que é bom pra República é bom para mim, o que é bom para o Amazonas é bom para mim, né? Direita ou esquerda, mas as pessoas me compartilham de direita,  isso não me diminui absolutamente em nada.

Quando se trata de governo federal, nós estamos em barcos diferentes, navegando em barco diferente, quando se trata de BR-319 e da zona Franca, a gente pula tudo para o mesmo barco. Eu não tenho nenhuma observação a fazer com Eduardo e o Omar. Eles são tão lutadores pela Amazônia como eu. Agora, na questão nacional, federal, é que a gente diverge. Eles apoiam para valer esse governo aí que está e eu não apoio assim. Só o que é bom para a República.

Ah, e aqui na Amazônia eu vejo muito pessoal de direita gostar de mim. Eu gosto das pessoas, digam de mim o que quiser, me classifique como quiser, eu só quero ter o respeito, né? Eu continuo sendo um dos poucos senadores que votam conforme a consciência. Agora, por exemplo, o meu, o meu grupo de oposição lá, nós somos uns 25, 23, varia. Eles sempre me apoiam as minhas PECs, CPIs e, agora, não voltei com eles na reforma. Bom, eu deveria votar contra a reforma, porque a reforma é uma merda, mas no bojo da reforma tem coisas boas pra zona Franca de Manaus, garantias pra zona Franca de Manaus e eu como amazonense, tive que escolher a República. A reforma é ruim, né? Então, eu destoei da bancada. Tem hora que eu estou aqui, tem hora que eu estou aí, não é por indecisão, não é por verdade. O que é bom para a República é bom para mim e o que é bom para o Amazonas, melhor ainda. Então, eu vou votar sempre assim, mas eu já tive gente me chamando de esquerdista, de comunista. Já tive gente que me chama de direita, né? Então, quando você, de vez em quando, é criticado pelos 2 lados, acaba sendo bom. Mostra que você é um pêndulo, que você vai estar do lado que está certo.

COMUN – Como o senhor avalia hoje a situação do PSDB no Amazonas? já existe algum diálogo sobre estratégias para aumentar os números da sigla nos parlamentos?

Aqui não vai uma crítica ao passado, a gente pega daqui pra frente. Mas eu peguei o PSDB com uma dívida enorme. Eu peguei o PSDB sem nenhum deputado estadual, sem nenhum deputado federal, 28 diretórios municipais sem prestar contas, tantas outras dezenas de que estavam vencidos já nominados. Então, a gente cuidou de tratar, organizamos, estamos pagando nossas contas, estamos prestando contas de campanhas passadas ainda. E agora sim chegou a hora da estratégia, mas querendo manter, temos pelo menos a obrigação de manter dois vereadores na capital, que é o que tem. O PSDB só tem isso, e a mim, que sou senador. Ampliar, se possível, mas manter como obrigação. E onde a gente puder apresentar a candidata pra Prefeitura, apresentaremos. Só que os nossos quadros têm sido frágeis. Então, formar uma chapa de vereador com Cidadania, porque tem a federação. Então, os mesmos contatos com os cidadaneiros estão sendo mantidos para que nós façamos uma chapa forte para fazer vereadores. Nós queremos trazer de volta o PSDB para o protagonismo. É difícil. Para isso, teria que ter um candidato. E hoje, dentro do PSDB, só tem um candidato em potencial que seria o meu nome, mas afastado sob qualquer perspectiva. Não há a menor possibilidade de eu ser candidato a prefeito. Mas, temos a Federação com cidadania e a Federação apresentará, com certeza, um candidato. E esse candidato será o Amon. Não tem como não ser o Amon. Não só porque ele está bem nas pesquisas, é um dado, mas se eu quisesse, também eu viria. Como eu não quero e era o único nome que poderia surgir para contrapor o Amon e não vai ter, ele vai transitar ali na Federação. Ele me procurou, perguntou sobre isso e eu dei essa garantia a ele: “Dentro da Federação Amon, você não terá um só problema”.

COMUN – Qual é a sua avaliação hoje sobre os governos Wilson Lima e David Almeida?

Eu tenho evitado, não como comodismo de criticar muito o governo, para não ficar muito naquilo ali, que já tem e que tem feito as funções do vereador criticar. Mas muito a desejar. O Grupo do Wilson Lima trouxe de volta aquela prática antiga da política, que é na base do dinheiro. Isso é um mal, isso é um retrocesso de décadas. Nós retroagimos. Você tem uma ideia, eu fui eleito gastando R$ 850 mil, R$ 650 mil dado pelo fundo, pelo PSDB, e sei por um amigo meu, e mais esse restante que eu tive que complementar para o interior. Hoje, depois dessa última eleição no Amazonas, se eu tiver R$ 850 mil, eu não faço nem região metropolitana. Então, você quer dizer que eu vou competir nessa área, porque eu não tenho nem como competir, não irei. Mas foi o retrocesso. Sem contar a gestão mesmo. Você não vê, não melhorou nada, você pega índice e não melhorou coisa nenhuma, a saúde piorou, a segurança piorou. Então, é um governo que tá aí, o povo escolheu, reelegeu, a gente tem que respeitar mas, é muito a desejar. E o David, o David esqueceu que ele foi eleito com uma margem pequeniníssima, aí de repente ele quer governar como se tivesse sido ungido. Não tem relacionamento nenhum com o isonomia governamental, porque ele não quis, os mesmos quatro anos ele foi à Brasília todas as vezes, nunca contactou com a gente, ou seja, não quer, me ajuda, e eu ajudo paralelo. Eu já ajudei a saúde no Amazonas, só porque eu quero fazer, mas está para estar conto, são 46, 49 milhões de reais que a gente já ajudou, 49 milhões, 549 mil 850 reais que eu ajudei aos hospitais, então eu dou ajuda à população, independente de ser companheiro ou não. Não sou do grupo do Wilson, não serei do grupo do Wilson, não votei nele, não votaria, assim como vejo com certas críticas ao David, mas são eles que estão aí no alto, são eles que vão disputar. Eu vejo o David candidato fortíssimo na eleição, o candidato escalado vai para o segundo turno com ele, as outras candidaturas tendem a ser outras candidaturas.

COMUN – O resultado que vemos nas pesquisas mais recentes são frutos da vacância de caciques nas eleições?

Sabe quando as pessoas dizem assim: “é o que tem, o cardápio que tem”. As pessoas me cobram muito na rua para ser candidata a prefeito, porque a minha votação é em Manaus, 835 mil votos, eu tive 635 mil em Manaus. O Eduardo Braga teve 610 mil em todo o Estado, é natural que me cobrem, mas não tem como, eu não tenho aptidão, eu estou num mandato muito bom, a gente acaba sendo um nome nacional, não sou vaidoso quanto a isso, mas a gente tem um serviço muito grande a prestar ao Amazonas, em todos os aspectos, na representatividade, na produção legislativa e nessa fase de emendas, porque como eu não tenho grupo, como eu não tenho base, eu estou livre para ajudar todos os municípios. Seria muito pedante da minha parte dizer assim, “não, ele não tem agradecimento, não, ele não está preparado”. Eu acho que é o que tem. Então veja, é o que a gente tem no cardápio. O Amom, ele me procurou, agora de uma forma até mais madura, falando de política. No cargo que eu estou, na missão que eu estou, na idade que eu tenho, com a experiência que tenho, daria, seria uma boa mistura. Agora, é bom saber até que ponto o Amom vai ouvir, o Amom vai atender, quem está cercando, quem está assessorando. Eu não vou me meter nisso, eu não estou dizendo que eu vou apoiar o Amom, eu estou dizendo que o Amom é o candidato da federação e que ele é o concorrente do David, para que o PSDB o apoie, mas para que eu entre nessa candidatura, a gente precisa amadurecer isso. Eu não quero me responsabilizar por um prefeito que não vai corresponder. Não estou dizendo que o Amom não vai, estou dizendo que eu tenho que me aliar a um que vai corresponder. No mínimo que nos ouça, eu não vou pedir secretaria, eu não vou pedir carro. Não tem nada a ver. Tem a ver o compromisso com a população. E governar Manaus não é fácil. Eu já fui candidato a prefeito, sou senador de Manaus. Manaus é, no momento, ingovernável. Manaus nasceu debaixo de invasão. Manaus é totalmente bagunçada. Então nós precisamos de uma pessoa que pense no futuro. Tanto Manaus como a Amazônia precisa de um estadista. Que pense no futuro. Que pense unicamente na população. E não no grupo que chega no poder. Então a gente tem chão pela frente, não vê se surgem outros muros. Respondendo a tua pergunta. Pode não ser o ideal, mas é o que está aí no cardápio.

Ouça a entrevista completa:

 

Por: Jonas Wesley

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