Alexandre Ferreira Dias Santini, ex-parceiro comercial do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em uma loja da Kopenhagen, que, segundo o Ministério Público do Rio, teria sido aberta com o propósito de lavar dinheiro, agora ameaça revelar informações comprometedoras sobre o parlamentar. Segundo o Metrópoles, Santini teria atuado como uma espécie de testa de ferro de luxo para Flávio Bolsonaro, conforme promotores que investigaram as “rachadinhas” quando o senador ainda era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Recentemente, a longa amizade de quase duas décadas entre Flávio e Santini desmoronou. Desde o início da campanha eleitoral no ano passado, os dois estão em conflito, sem esclarecer as razões do desentendimento. Versões contraditórias circulam entre pessoas próximas, algumas sugerindo motivos pessoais e íntimos, como festas privadas organizadas por Santini, que teriam constrangido Flávio. Outras apontam diferenças irreconciliáveis na administração de negócios compartilhados como causa da separação.
O ex-sócio já vinha publicando nas redes sociais dele algumas indiretas para Flávio: “não adianta tentar escapar, tudo é questão de tempo, pois provas não faltam para seus inúmeros ‘crimes na política’ que vão te levar para a prisão”, alegou
Documentos e conversas registradas de Santini indicam que, por trás da postura pública, ele está agindo para pressionar Flávio a resolver questões pendentes, ameaçando expor segredos que poderiam prejudicar não apenas a carreira política do filho mais velho de Jair Bolsonaro, mas também levá-lo à prisão. Apesar de Santini negar oficialmente ter conhecimento de irregularidades do senador, nos bastidores de Brasília, ele declara abertamente o que sabe: “Se eu quiser, eu posso levar Flávio à prisão. Com as informações que possuo, ele será preso. Conheço todos os detalhes de sua vida.”
O procurador, Flávio Bolsonaro, reconheceu estar ciente dos “recados”, afirmando: “Ele tem enviado mensagens estranhas para mim. Já pediu dinheiro, e eu recusei. Não quero me envolver com situações descontroladas. Ele é um ex-parceiro comercial e ex-amigo”, declarou.