Manaus,6 de novembro de 2024

Bosco refuta Sindicato e diz que férias coletivas não está relacionada a seca

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, negou as informações do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), de que as férias coletivas programadas em pelo menos 35 empresas do Polo Industrial ocorram pela falta de insumos devido à estiagem. 

Em entrevista coletiva durante a Feira do Distrito Agropecuário da Zona Franca de Manaus (ZFM), nesta terça-feira(17/10), Bosco Saraiva afirmou que o ‘recesso’ é comum no fim do ano, mas foram antecipadas por empresas devido à estiagem histórica que atinge o Amazonas.

“Houve uma informação das empresas para o Sindicato [dos Metalúrgicos] de que poderiam dar férias coletivas. Isso é uma programação [anual] das empresas, não tem haver com a estiagem. Até hoje, não há nenhuma paralisação em nenhuma fábrica por conta da estiagem. O que houve é, evidentemente, a dificuldade de transporte de insumos e da saída de produtos também. Isso foi vencido a cada etapa da dificuldade”, afirma Bosco.

O superintendente diz garantir que a produção das empresas da Zona Franca de Manaus está em andamento. “Nós temos 600 indústrias, então, as grandes indústrias estão funcionando normalmente.” declarou.

Declaração do Sindmetal-AM

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, das mais de 100 grandes indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM), 35 irão dar férias coletivas para 17 mil trabalhadores a partir do dia 25 deste mês até 4 de novembro. Incluindo as grandes empresas, como LG, Philco, Samsung e Yamaha.

Essa decisão seria por causa da baixa navegabilidade dos rios da Amazônia. De acordo com Valdemir Santana, a seca impede o transporte dos navios cargueiros, que trazem os contêineres da Ásia com os insumos (partes e peças) para o setor de eletroeletrônico. 

“Vamos assinar um acordo amanhã (17/10) com as indústrias para que nenhum trabalhador seja demitido. Geralmente nossas férias são em dezembro, mas com a seca hoje não tem um navio sequer vindo para cá (Manaus)”, disse o sindicalista. “A Black Friday já está prejudicada”, concluiu. 

 

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