Manaus,22 de novembro de 2024

Relatora quer o indiciamento de Bolsonaro e militares pelo 8 de janeiro

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) apresentou nesta terça-feira (17/10) o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos eventos ocorridos em 8 de janeiro, que pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de vários outros militares que faziam parte o governo anterior.

Eliziane quer o indiciamento de Bolsonaro por crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de estado. Além das acusações contra o ex-presidente, a senadora também pediu o indiciamento de diversos militares que integraram ou apoiavam o governo de Bolsonaro:

“Com os resultados das urnas e dispostos a tudo para impor a todos os brasileiros o seu projeto de poder cerca de 5 mil vândalos invadiram, depredaram e saquearam o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Nosso objetivo nessa comissão mista de inquérito foi entender como isso aconteceu. As investigações aqui realizadas, os depoimentos e os documentos recebidos permitiram que chegássemos a um nome em evidência e a várias conclusões. O nome é Jair Messias Bolsonaro. Como se verá nas páginas que se seguem, a democracia brasileira foi atacada e as massas manipuladas”, disse Eliziane Gama.

Confira os nomes de militares que a senadora quer o indiciamento:

  • Walter Souza Braga Netto;
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira;
  • Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira;
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;
  • Almir Garnier Santos;
  • Marco Antônio Freire Gomes;
  • Mauro Cesar Barbosa Cid;
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Antônio Elcio Franco Filho
  • Jean Lawand Júnior

“O 8 de janeiro é obra do que chamamos de bolsonarismo. Diferentemente do que defendem os bolsonaristas, o 8 de janeiro não foi um movimento espontâneo ou desorganizado. Foi uma mobilização idealizada, planejada e preparada com antecedência”, prossegue o texto.

A senadora também quer o indiciamento do ex-ministro Anderson Torres, que ocupou o Ministério da Justiça durante o governo Bolsonaro e que estava na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal durante os atos do 8 de janeiro. Com a aprovação do relatório final, a investigação que é feita pela CPMI deve ser encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), que são os órgãos responsáveis por decidir sobre prosseguir ou arquivar a apuração.

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