A presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Conselheira Yara Lins, formalizou uma queixa na Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas nesta sexta-feira (6/10). A denúncia foi contra o conselheiro Ari Moutinho, por agressão verbal com uso de palavras ofensivas. a situação ocorreu antes da eleição para a presidência do órgão fiscalizador.
Durante a coletiva de imprensa, a conselheira Yara Lins disse que ao chegar no plenário foi cumprimentar Ari Moutinho com um bom dia e acabou sendo surpreendida com diversas ofensas: “Bom dia nada! Safada, puta, vadia”. Além disso a ameaçou dizendo: “eu vou te fuder para Lindora lá da procuradoria do Ministério Público, você vai ver junto ao STJ [Supremo Tribunal de Justiça]”, desferiu o conselheiro.
Yara Lins afirmou que se sentiu covardemente agredida: “fui agredida dentro da minha função, dentro do Tribunal de Contas e o vídeo mostra, depois que eu fui agredida, eu fiquei paralisada e passei a mão no rosto dele e disse: você é um infeliz, por isso que sofre tanto e ele sarcasticamente tentou pegar no meu rosto e jogou beijo para mim”, disse.
A advogada Catharina de Souza Cruz Estrela, que defende a conselheira Yara Lins, afirmou que o conselheiro Ari Moutinho Júnior incorreu em pelo menos três crimes: injúria, ameaça e tentativa de tráfico de influência.
A coletiva de imprensa foi convocada pela própria conselheira na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil do estado. Yara relatou que divulgaria informações graves e de extremo interesse público, junto dos demais conselheiros Mário de Mello, Josué Neto, Luis Fabian, Júlio Pinheiro e Fabian Barbosa.
Motivo da agressão
A confusão teve origem na disputa pela presidência do TCE-AM, em que Ari Moutinho estava na expectativa de assumir o controle da Corte, mas acabou perdendo para Yara Lins, e isso o frustrou. O conselheiro já sabia que a figura e trajetória de Yara estava ofuscando a sua possibilidade de assumir a presidência, e com isso teria desferido palavras de baixo calão antes da votação, para desestabilizá-la, além de fazer o uso de deboche para tentar ridicularizar a conselheira.
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