Manaus,23 de novembro de 2024

Medindo a temperatura

Aproximando-se a eleição de 2024 várias personalidades políticas se aventuram testando seus nomes perante a opinião pública. Nesse contexto o ex-senador, ex-deputado federal, ex-prefeito e ex-ministro, Alfredo Nascimento (PL), por meio de apoiadores, tentou validar seu nome junto a população numa publicação para lá de suspeita onde cogitam uma possível aliança entre PL e PT em Manaus.

A tentativa não agradou os eleitores, que não veem em Nascimento uma liderança, e nem mesmo a cúpula local e nacional do PT pela forçada de barra numa aliança tida como impossível. Alfredo já foi cabo eleitoral e ministro de Lula em eleições anteriores, mas hoje estão em lados diametralmente opostos. O PL de Alfredo abriga Bolsonaro e vários bolsonarista extremistas por todo território nacional.

Nascimento não conseguiu “cacicar” politicamente. Hoje ocupa a presidência estadual do PL, muito mais por um arranjo pessoal com Waldemar da Costa Neto, presidente nacional da sigla, que por méritos próprios, já que está sem mandato desde 2018.

Sem um grande cacique para lhe apoiar Alfredo não tem forças, não consegue andar eleitoralmente com as próprias pernas, e a história está aí para provar. Foi conduzido por Amazonino para ser prefeito interventor de Manaus em 1988. Foi eleito vice-governador do Negão em 1994 e eleito prefeito de Manaus com apoio de Amazonino em 1996, sendo reeleito em 2000. Em 2004 saiu do colo de Amazonino para o colo de Lula, virando ministro dos transportes. Em 2006 foi eleito senador com apoio de Lula. E em 2014 se elegeu deputado federal, por medo de disputar a reeleição ao senado.

Nascimento é um pseudo-cacique. Tem um partido para chamar de seu, mas não tem grupo político nem eleitorado fiel. E com esse último movimento, onde quis medir a temperatura da eleição de 2024, acabou se queimando e deixando mais evidente sua debilidade eleitoral.

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