O pai do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, o general Mauro César Cid, agora virou alvo da Operação Lucas 12:2, que tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Mauro Cid está preso preso desde maio.
Segundo a Polícia Federal (PF), foram cumpridos, na manhã desta sexta-feira (11/08), quatro mandados de busca e apreensão, dois em Brasília (DF), um em São Paulo (SP) e um em Niterói (RJ).
Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.
Conforme as apurações da PF, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, para ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.
Para os investigadores, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
O nome da operação é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido.”