O Partido Novo no Amazonas, liderado por Maria do Carmo Seffair publicou uma nota na manhã desta segunda-feira (07/08) defendendo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do que classificou como ‘ataques da imprensa tradicional’. Zema voltou a ser assunto no planalto e nas redes devido a uma entrevista onde anunciou que as regiões Sul e Sudeste se uniram em um bloco isolado para definir rumos econômicos no país e no Congresso.
Os governadores das unidades federativas das duas regiões estão organizados no Consórcio Sul-Sudeste (Cosud), atualmente presidido por Ratinho Júnior (PSD), do Paraná.
Para o Novo no Amazonas, a repercussão negativa por parte da imprensa faz parte de tentativas de desqualificá-lo para liderar a direita nas eleições 2026. O partido que já teve candidatos presidenciáveis desde 2018, busca sobrevivência após derrota em duas eleições.
“A verdade é só uma: a mídia ataca Zema porque sabe que, hoje, o Governador de Minas Gerais é o nome mais qualificado para liderar a direita em 2026”, afirma em postagem nas redes sociais.
O Consórcio
O governador de Minas Gerais é muito claro quando explica os motivos da criação do Consórcio. Zema sustenta que além do protagonismo econômico que as regiões sul e sudeste já possuem, eles buscam com o “superbloco” protagonismo político em decisões no Congresso.
“Já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político. Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília”, afirma em entrevista ao Estadão no último sábado.
Uma das primeiras ações do grupo nesse sentido foi durante a votação da proposta de reforma tributária na Câmara dos Deputados. O texto original previa um conselho federativo para gerir o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) com representação igualitária de cada estado.
“Pela primeira vez, um dia antes da reforma tributária ser votada, nós convidamos todos os 256 deputados federais (metade da Câmara dos Deputados) do Sul e do Sudeste. Os do Norte e Nordeste estão muito na nossa frente.”, afirmou.
As reuniões do Cosud já ocorrem desde 2019, mas a entidade foi formalizada oficialmente em junho, durante encontro em Belo Horizonte. “Não é mais um grupo informal, tem CNPJ e vamos ter um escritório de representação em Brasília”, explicou.
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