Manaus,23 de novembro de 2024

Concerto da Orquestra de Câmara do Amazonas protagoniza ‘A morte’, no Teatro Amazonas

“A Morte”, tema do concerto que será executado pela Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA) nesta quinta-feira (04/05), às 20h, no Teatro Amazonas, traz inúmeras leituras sobre o tema que sempre esteve presente em criações artísticas. Conforme o diretor musical, Marcelo de Jesus, “um tema amargo, mas inevitável”. O recital, de formato inédito, tem a participação de dois solistas brasileiros, a soprano Daniella Carvalho e o barítono Homero Velho.

Segundo Marcelo de Jesus, a diversidade do repertório está no DNA da OCA, diferencial que levou à escolha do tema que traz diferentes olhares e reflexões distintas. “A morte surge de várias formas, ideias, resultados. Uma delas é o amor, que permeia a maioria das canções deste concerto”, disse o diretor, que também assume a regência da noite.

O 25º Festival Amazonas de Ópera é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), com patrocínio master do Bradesco, apoio cultural do Grupo Atem e da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), além da aprovação na Lei de Incentivo à Cultura.

O secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, considera relevante a realização de concertos gratuitos que despertam a atenção do público para a programação do FAO. “Trazer obras que remetem à reflexão, instigam e provocam o pensamento crítico engrandece o Festival Amazonas de Ópera, além de contribuir na construção de uma plateia formadora de opinião e que transforma”, revela Apolo.

Programa

O concerto é apresentado em duas partes: A primeira com as obras “Canções e danças de morte”, de Modest Mussorgsky e “Romances OP. 73”, de Tchaikovsky. Originalmente escritas para canto e piano, as obras foram transcritas exclusivamente para o festival por Marcelo de Jesus.

“O ciclo de Canções e Danças da Morte é considerado uma obra-prima no gênero. Cada música lida com a morte de maneira poética, embora as representações sejam realistas, pois refletem experiências não incomuns na Rússia do século XIX: morte infantil, morte na juventude, desventura bêbada e guerra”, revela o regente.

Sobre a obra de Tchaikovsky, Marcelo faz suas considerações e adianta que o romance “Novamente, como antes, sozinho” é uma das canções mais tristes e profundas de toda a literatura musical.

Na segunda parte, a OCA executa a 14ª Sinfonia de Shostakovich, uma obra singular que pode ser lida como um ciclo de canções sobre a morte. A obra contém onze movimentos, cada um referente a um poeta: Lorca, Apollinaire, Küchelbecker e Rilke. A escolha não foi aleatória, todos os poetas morreram de forma não-natural, causada por assassinato, opressão e guerra.

Durante a execução da sinfonia, haverá projeção de arte digital criada pelo artista plástico amazonense, ManausMacaco, que encontrou inspiração nos textos, misturando a estética de elementos dos séculos 19 a 21. “Morte e amor são transformadores. Quando ouvi a sinfonia pela primeira vez, meu primeiro sentimento foi do amor, mesmo se tratando da morte não natural; o amor do artista pela arte, sem ele, esta sinfonia não existiria.”, pontua ManausMacaco.

Bradesco e a Cultura

Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros. O banco também mantém o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às ações culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.

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