Após a leitura de Pacheco, o governo tenta costurar um acordo para a escolha da relatoria do CPMI do 8 de janeiro. Governistas indicam que a preferência do Palácio seria pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), mas há pouca disposição em criar uma cisão com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) já neste início de governo. A saída apontada, seria o senador Eduardo Braga (MDB), porém, ainda é vista com ressalvas pelo Palácio.
Existe uma compreensão de que é que o perfil de Braga, “mais dado a acordos e concessões”, como sinalizou um parlamentar do governo, possa fazer com que o governo tenha dificuldade em fazer o enfretamento da oposição.
Renan, em contrapartida, teria o perfil mais enérgico, desejado pela base. Em entrevista nesta quarta-feira (26/04), na saída do palácio, o senador amazonense falou sobre o tema. “Eu creio não poder adiantar nomes a essa altura porque as tratativas ainda estão em curso e negociações. Mas o MDB terá dois nomes na CPMI representando o partido”, frisou Braga rapidamente em entrevista à Tv Senado.
A decisão sobre a relatoria, no entanto, terá implicações sobre a presidência do colegiado. Arthur Lira, que não vê com bons olhos o nome de Renan, de quem é adversário político, teria dois nomes favoritos na mesa: Arthur Maia (União Brasil-BA) e André Fufuca (PP-MA).