O presidente Lula (PT) relançou, nesta segunda-feira (20/03), o programa Mais Médicos, inaugurado no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2012 e extinto em 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A volta do programa foi celebrada em um evento no Palácio do Planalto.
Ao discursar, o presidente criticou a atuação da área econômica que reclama de investimentos em avanços sociais. “Toda vez que discutimos um avanço social alguém da área econômica falando que é muito gasto. Quanto custou ao Brasil a gente não fazer as coisas na hora certa?”, indagou o presidente. “Você não pode tratar a saúde e a educação como gasto, não existe investimento maior do que você salvar uma vida, do que um cidadão estar pronto para o trabalho”, afirmou Lula.
Lula relembrou que esta segunda-feira marca os 80 dias de seu terceiro mandato presidencial. “Nesses 80 dias não temos feito outra coisa a não ser tentar recuperar tudo o que tinha sido feito de bom, dado certo e destruído no governo anterior. É como se você voltasse pra sua casa de férias e tivesse ocorrido um terremoto, onde você teria que recolocar cada peça no lugar. É o que estamos fazendo”, afirmou Lula.
“sucesso extraordinário”,
Segundo o presidente, o Mais Médicos foi um “sucesso extraordinário”, pois atendeu às pessoas que necessitavam de atenção, aos médicos que precisavam de trabalho e aos prefeitos de cidades pequenas e isoladas que não tinham profissionais para trabalhar.
“Muita gente foi contra a criação do Mais Médicos na primeira vez, mas inegavelmente o programa foi um sucesso excepcional. Tentaram acabar com o Mais Médicos, venderam toda uma imagem negativa de forma pejorativa e não tiveram sequer a vergonha de pedir desculpas aos médicos cubanos que foram embora desse país”, destacou Lula.
Segundo o governo federal, o programa volta – agora rebatizado de Mais Saúde para o Brasil – com a abertura de 15 mil novas vagas. Dessas, cinco mil serão abertas por meio de edital ainda em março, enquanto as outras 10 mil serão oferecidas em um formato que prevê a contrapartida dos municípios. A estimativa é de investir R$ 712 milhões no programa em 2023.