Em meios às preocupações envolvendo a reforma tributário e os riscos desta para a Zona Franca de Manaus (ZFM), e das discussões sobre a crise dos yanomami no Brasil, o senador Plínio Valério (PSDB) usou a tribuna, nesta terça-feira (28/02), para repetir a retórica utilizada no pedido de instalação da CPI das ONGs. Dessa vez, Plínio chamou o Fundo Amazônia de “balela” e voltou a divulgar que já obteve mais de 30 assinaturas no senado para o trânsito da Comissão Parlamentar de Investigação.
“O Fundo Amazônia é uma balela na Amazônia, é uma balela, é uma luva que cai na mão dos que eles indicam. Virou clichê mas eu tenho que repetir, o meu povo pisa em ouro todo dia mas dorme na chuva, porque esses cretinos não deixam desenvolver”, afirmou.
Durante a discussão em plenário sobre a atuação da comissão externa para acompanhar o drama dos Yanomami e a retirada de famílias de garimpeiros da região, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) anunciou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-AM) que coletou 37 novas assinaturas para reapresentação do requerimento de criação da CPI para investigar ONGs que tem se beneficiado de milhões na Amazônia em nome de indígenas sem a devida prestação de serviços contratados.
Segundo Plínio o drama do povo Yanomami e graves denúncias da falta de assistência médica a esses indígenas confirmam a absoluta necessidade de uma investigação sobre as Organizações Não Governamentais que operam na Amazônia.
O que uma CPI precisa para ser instalada
A Constituição estabelece que, entre os requisitos necessários para que uma CPI ser instaurada está a reunião de um terço das assinaturas dos parlamentares da Casa, no caso do Senado são necessários 27 apoios. Além disso, é preciso ter um fato determinado a ser investigado e um tempo limitado de funcionamento.