Manaus,13 de novembro de 2024

Silas Câmara é acusado de fraudar votações para liderança da bancada evangélica

Pela primeira vez, a bancada evangélica não conseguiu chegar a um acordo entre deputados federais para a liderança parlamentar. Parlamentares pastores e cristãos fizeram uma inédita votação para eleger seu novo presidente. A queda de braço eleitoral ficou entre os deputados Silas Câmara (Republicanos-AM) e Eli Borges (PL-TO).

Com bate-boca entre seus membros e ameaças de judicialização, a eleição não chegou a lugar algum e foi adiada, após o deputado federal Silas Câmara e seu grupo político terem sido acusados de fraudar a votação.

Primeira vez

É a primeira vez que o bloco recorre às urnas para decidir quem o guiará a bancada no Congresso Nacional. Pleitos passados tiveram como praxe a aclamação de um presidente sem necessidade de votação.

Assim aconteceu desde a criação da Frente Parlamentar Evangélica, em 2003.

Anulação

Sem o costume de realizar eleições, a bancada sofreu diversos problemas com o processo de votação. Parlamentares que não se inscreveram na lista conseguiram votar — manobra que o regimento interno não permite. A anulação da votação só foi definida após mais de quatro horas de discussão.

Nesse meio tempo, Otoni afirmou que, se o pleito não fosse anulado, entraria na Justiça.

Sem data

Ainda não há data definida para a notação para a presidência da bancada evangélica. Possivelmente deve ocorrer essa semana. A única unanimidade entre eles é que as lideranças evangélicas sejam mais atuantes nas comissões da Câmara, para evitar o avanço de pautas mais à esquerda.

Eles estão preocupados sobretudo com as flexibilizações no direito ao aborto e avanços de pautas e narrativas de gênero LGBTQIA+.

Números

Estima-se que a bancada de evangélicos desta legislatura contará com 132 deputados (26% da Câmara) e 14 senadores (17%).

Mas a atual frente juntou 187 deputados e 30 senadores signatários. Isso porque não necessariamente todos são evangélicos.

Há outros parlamentares cristãos que fazer parte do bloco parlamentar.

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