Após a deputada eleita Débora Menezes (PL) ignorar todos os indícios de omissão do governo Bolsonaro e associar como “narrativa da esquerda” a crise dos Yanomamis, a liderança indígena Vanda Ortega, do povo Witoto, que foi candidata a deputada federal declarou que Debora deveria ser “investigada e presa” pelas declarações.
Débora Menezes (PL) saiu em defesa do ex-presidente Bolsonaro e compartilhou em seu perfil nas redes sociais, nesta segunda-feira (31/1), uma notícia com a declaração do deputado Venezuelano Romel Guzamana alegando que os indígenas desnutridos são do estado de Bolivar, na Venezuela, e não do Brasil.
“Eu fico aterrorizada com a doentia desumanidade dos seguidores do Bolsonarismo. Todos esses acontecimentos é um plano de Bolsonaro para seguir com o genocídio dos nós povos indígenas. Os ianomâmis estão em Roraima, e suas terras demarcadas hoje são as que mais estão pressionadas por invasão do garimpo ilegal em todo o Brasil, quem sabe até no mundo. Há cerca de 20 mil garimpeiros ilegais tocando o terror.
Essa atividade ilegal produz a morte e contaminação dos rios e dos peixes, a derrubada da floresta, e, também, leva a violência para as comunidades, drogas, álcool, estupros, violência contra a mulher, suicídio e depressão”, disse Vanda ao Comun.
Vanda afirma, ainda, que ver uma mulher e parlamentar do Amazonas com o mesmo pensamento de Bolsonaro deveria ser alvo de investigação e até prisão. ” Em 1998 Bolsonaro falou que o Brasil errou ao não dizimar os seus índios. E apresentou um decreto legislativo pedindo o fim das terras yanomamis. Ver uma mulher parlamentar do nosso estado com o mesmo pensamento doente do Bolsonaro, deveria ser investigada e presa como os demais golpistas”, acrescentou.