Em pronunciamento nesta terça-feira (6/12), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a defender a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada à investigação da atuação das Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na Amazônia. A CPI é um pedido antigo do senador, que apresentou o primeiro requerimento em 2019, mas o pedido não foi para frente.
“Nós já temos o número suficiente de assinaturas e estamos cobrando a instalação hás três anos. Para a instalar realmente basta que o presidente do senado mande ofício aos líderes das bancadas para indicar seus membros à CPI. Esse passo não foi dado”, declarou o senador.
Em julho desse ano, sob rumores da CPI do MEC o senador já cobrava o cumprimento do regimento interno do senado para que o trâmite da Comissão de Investigação das ONGs fosse iniciado primeiro.
Pirâmide das ONGs
O senador argumenta que foi traçada uma pirâmide das ONGs que atuam no Amazonas, principalmente no Alto Rio Negro, região que abriga 90% do nióbio mundial e onde foram detectadas 372 organizações não governamentais. No “topo da pirâmide” que financia as ONGs aparecem a Embaixada da Noruega e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, que tem a função de assegurar o desenvolvimento econômico e social sustentável e igualitário:
— Nessa pirâmide encabeçada pela Embaixada da Noruega aparece sempre o Instituto Socioambiental como manipulador disso, conseguindo dinheiro e manipulando as pequenas ONGs — denunciou o parlamentar.
Plinio ainda leu alguns trechos da carta que recebeu dos indígenas da etnia Baniwa, da Comunidade Castelo Branco, no município de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, criticando à atuação de ONGs na região. Na carta os indígenas relatam que “eles não têm ideia de uma comunidade que fica a tantos quilômetros distante sem uma atividade econômica para o seu sustento”.