A cantora e compositora amazonense Elisa Maia sobe ao palco da “Ocupação Brasil Modernista”, pela primeira vez, nesta sexta-feira (08/04), a partir das 20h, com entrada gratuita no Centro Cultural da Juventude, em São Paulo. A participação da cantora no evento tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, que atua no sentido de promover a visibilidade de artistas amazonenses em espaço de grande representatividade no país.
O show de Elisa faz parte de uma programação que, durante todo mês de abril, ocupa os principais centros culturais de São Paulo contemplando artistas das cinco regiões do país, como, Mahmundi, Don L, Otto, Vanguart, entre outros.
Da região Norte, além de Elisa Maia, o evento leva artistas como Aíla, Manoel e Felipe Cordeiro, Saulo Duarte, Victor Xamã e a artista plástica e visual Roberta Carvalho. Serão 25 atrações nacionais, de variadas expressões artísticas.
Sobre o Show
No repertório do show a artista apresenta músicas de seu EP Ser Da Cidade, lançado no final de 2013, “Ser Da Cidade”, “Falta”, “O Que É Melhor” e “Para Musos” e as novas, “Luas Pra Tantas Faces”, “Sol De Setembro” e “Todo Poder Curativo”, lançados em 2020 e 2021, em estreia como produtora musical de suas músicas. A cantora explora atmosfera noventista, que vai de vocais com influência R&B e guitarras marcantes, costurados por programações eletrônicas e bases de reggae.
Com formato minimalista, mas não menos intenso, o show ganha cara sintética e atualizada ao apresentar Elisa Maia sozinha no palco, junto ao computador e à controladora, soltando seus próprios instrumentais.
Ocupação Brasil Modernista
Após um século da chegada do Modernismo no Brasil, é preciso se lançar ao debate e à reflexão: Quais características do movimento conseguimos visualizar e reconhecer na arte produzida nos dias de hoje? A constante transformação e os questionamentos dos paradigmas de seu tempo também são características do moderno.
O projeto evoca a afetividade e a união dos povos descentralizados das diferentes regiões do Brasil como essência, em torno do fazer artístico, que resiste à violência da desigualdade social e descaso histórico, utilizando o contexto político e social como um motor reflexivo e criativo.
O Amazonas e o Norte possuem potências e particularidades ainda desconhecidas por vários eixos culturais brasileiros, a presença de uma cantora negra e periférica e atuante nas políticas públicas de inclusão e difusão cultural evidencia a relevância do evento para a produção cultural da geração que produz música e cultura no país atualmente.