A ministra disparou: “Falar sobre anistia ou mediação de pena em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro eu acho que é defensável do ponto de vista de alguns parlamentares”, e continuou: “Acho que a gente até pode fazer essa discussão no Congresso.”
Gleisi ressaltou que é contra a versão atual do projeto da anistia por entender que ele permite o perdão a Jair Bolsonaro (PL) e aos generais envolvidos na tentativa de golpe de Estado.
Ainda assim, na avaliação dos magistrados ouvidos pelo blog da jornalista Andréia Sanir, no G1, a fala, vinda da ministra das Relações Institucionais, sugere que o governo tem medo de a oposição conseguir os votos necessários para levar o projeto adiante, e que toparia um acordo para reduzir penas em troca de evitar a aprovação da anistia — um perdão total dos envolvidos que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vê como saída política para não ser preso.
Na manhã desta sexta (11/4), após a reação negativa, Gleisi afirmou que fez uma “fala mal colocada” e que não cabe ao Legislativo revisar a pena. “O que eu quis dizer é que cabe ao Congresso fazer a mediação com o Judiciário das questões envolvendo o 8/1 dessas reclamações que parlamentares estão fazendo sobre penas elevadas. Conversar, sim, cabe ao Congresso. Mas revisar pena é Judiciário”, afirmou. “Não tem anistia nenhuma, como quer Bolsonaro.”, declarou.
