O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) teve alta hospitalar do Sírio Libanês, onde estava internado desde ontem (15/9), em decorrência da agressão sofrida durante debate da TV Cultura. De acordo com informações do boletim médico, divulgado pelo hospital nesta segunda-feira (16/9), Marçal teve um “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito.”
O empresário está fazendo uso de uma tipoia, além de tala em uma das mãos.
Em entrevista após deixar o hospital, Marçal respondeu às críticas que sugeriam que ele “mereceu” a agressão, dizendo: “O povo tem os governantes que merece.” Ele também comentou que “a culpa é sempre de quem é agredido”, expressando sua indignação sobre o ocorrido.
O confronto ocorreu durante um debate, quando Datena atacou Marçal com uma cadeira após uma discussão acalorada. A briga começou quando Marçal provocou Datena relembrando uma acusação de assédio sexual e mencionou um episódio de um debate anterior na TV Gazeta.
O candidato José Luiz Datena (PSDB) divulgou uma nota na manhã desta segunda (16/9) em que afirma que o candidato Pablo Marçal precisava ser “contido com atos” e que, embora não seja a favor do uso da violência, espera ter lavado a “alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la”.
Veja a íntegra da nota de Datena
Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.
Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.
Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.
Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.
Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.
As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.
Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.
Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.
Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.
Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.
Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.