Os candidatos Guilherme Boulos (PSol) e Pablo Marçal (PRTB) tiveram uma discussão que terminou na iminência da troca de agressões durante um debate promovido por Estadão, Terra e a Universidade Faap, em São Paulo, nesta quarta-feira (14/8).
O momento mais tenso ocorreu depois de uma rodada de confronto direto entre os dois candidatos à Prefeitura da capital — em que Boulos citou a condenação criminal por furto qualificado que Marçal teve aos 18 anos, por participação em um esquema de golpes cibernéticos, e Marçal rebateu citando as prisões que Boulos teve enquanto militante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
No fim da rodada, Marçal sacou do bolso do paletó uma carteira de trabalho, que serviria para “exorcizar” Boulos. Num primeiro momento, Boulos ignorou.
Contudo, ao término do embate, ambos voltaram ao seus lugares no palco, Marçal continuou com a provocação e ambos iniciaram um bate-boca fora dos microfones. Em determinado momento, Boulos deu um tapa na carteira, que estava na mão de Marçal.
O clima seguiu tenso até que uma das mulheres do cerimonial do evento se aproximou e pediu que ambos se acalmassem. O clima só se desanuviou porque Boulos foi novamente chamado ao púlpito (era a vez dele de responder a outra pergunta).
Antes, Boulos havia chamado Marçal de “Padre Kelmon” destas eleições e o influenciador disse que iria exorcizá-lo com uma carteira de trabalho, alegando que o candidato “nunca trabalhou na vida”. O deputado respondeu listando seus trabalhos como professor e não como “coach”, ocupação que já foi de Marçal, e ainda ironizou: “Até ser deputado federal, coisa que você tentou e não conseguiu, eu estava dando aulas na PUC”.
O candidato do PRTB afirmou, sem mostrar provas, que Boulos é “o maior aspirador de pó da cidade de São Paulo”, assim como fez no debate da TV Bandeirantes.