Manaus,5 de outubro de 2024

“Estamos cuidando mais uns dos outros”, diz Elissandro Bessa sobre saúde mental em Manaus

Autor de trabalhos voltados para a saúde mental na capital amazonense, o vereador Elissandro Bessa (PSB) compartilhou em entrevista ao Comun, como foi a elaboração de leis voltadas para a prevenção ao suicídio, um tema delicado e que ainda é visto como um tabu até mesmo no parlamento municipal. Em uma entrevista franca, Bessa explicou detalhes sobre as leis que instituiram o Janeiro Branco e o Setembro Amarelo.

Bessa é autor da lei municipal 2.224/2017, que institui no calendário oficial de Manaus o Janeiro Branco, mês dedicado a realização de campanhas educativas sobre saúde mental. Um dos principais objetivos da campanha é esclarecer à sociedade sobre a importância da saúde mental e emocional.

“Infelizmente a sociedade como um todo precisou vivenciar grandes tragédias para reconhecer o quão importante é cuidar da saúde mental. A pandemia, por exemplo nos fez perder muitas pessoas e a taxa de suicídio aumentou significativamente, mas sabemos que muito antes disso já existiam casos de ansiedade, depressão, dente outras situações que levam uma pessoa a tirar sua própria vida. Eu vivenciei isso de perto e abraço a causa da saúde mental desde o início do meu mandato”, afirma o vereador sobre o tema.

Apesar da importância do tema, práticas voltadas para o bem estar mental da população manauara possui um certo tabu no parlamento municipal. Bessa também comenta o tema:

“Vejo que hoje as pessoas estão dando mais importância, mas que infelizmente muita gente ainda acha frescura e ainda leva o psicólogo como um tabu. Mas tivemos um avanço grande e com todas as informações necessárias, estamos cuidando mais uns dos outros.

Em 2019, o parlamentar conseguiu emplacar mais uma lei voltada para a saúde mental e a prevenção do suicídio na capital amazonense. Bessa foi autor da lei Nº 2.434, DE 10 DE MAIO DE 2019, com a lei sancionada fica incluso no calendário oficial da prefeitura o Mês de Prevenção ao Suicídio e de Valorização da Vida, denominado Setembro Amarelo.

Bessa disponibilizou ainda a produção escrita por três psicólogos denominada a Cartilha do Suicídio, com orientações voltadas para o combate do ato. Apesar dos avanços, Bessa explica que a gestão caminha a passos lentos sobre ações efetivas em torno da saúde mental em Manaus.

“A gestão pública pouco se manifesta ou desempenha um papel quanto a saúde mental e a favor do PCD. Se você fizer uma análise de quantos psicólogos hoje estão atuando nas escolas municipais terá uma grande surpresa, nosso gabinete já fez inúmeros requerimentos pedindo esse profissional dentro da sala de aula. Crianças com autismo, precisam de mediadores e em Manaus, se os pais que já vivem uma situação delicada, não pagarem, a criança não terá”, finaliza.

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