A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e auxiliares dele por vendas ilegais de joias presenteadas por autoridades internacionais. A PF acredita ter provas robustas para incriminar Bolsonaro e ex-assessores. O relatório da corporação foi concluído nesta quinta-feira (4/7). O processo desse caso das joias é físico e deve entrar no sistema da Corte apenas nesta sexta-feira (5/7).
Na prática, agora, o ministro Alexandre de Moraes vai analisar o relatório final e enviar o processo para a Procuradoria-Geral da República, que vai avaliar se vai pedir novas investigações, se vai oferecer denúncia ou se vai arquivar o caso.
Além de Bolsonaro, foram indiciados o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o general José Roberto Bueno, Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal, o capitão Marcelo Vieira e o ex-assessor de Bento Albuquerque Marcos André Soeiro. Esses foram indiciados por peculato.
Também foram indiciados Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro; Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro; Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cid; Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro por lavagem de dinheiro e crime de associação criminosa.
Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal também foi indiciado pela prática do crime funcional de advocacia administrativa perante a administração fazendária.
Cabe agora ao STF, ministro Alexandre de Moraes, avaliar o relatório final e remeter para apreciação da PGR. Esta, por sua vez, decidirá sobre a necessidade de novas diligências ou não e oferecimento de denúncia ou não contra os indiciados pela PF.