Manaus,29 de setembro de 2024

Período de pré-campanha segue sem nenhum vice anunciado

 

Faltando menos de um mês para as convenções partidárias, nenhum pré-candidato em Manaus anunciou oficialmente nomes para vice-prefeito em composições de chapa. A situação inclui nomes que são pontuados  em pesquisas eleitorais como David Almeida (Avante), Amom Mandel (Cidadania), Roberto Cidade (União), Alberto Neto (PL) e Marcelo Ramos (PT).

Outros nomes nessas eleições como Maria do Carmo (Novo), Wilker Barreto (Mobiliza) e Natália Demes (PSOL) também ainda não sinalizam seus vices.

As convenções partidárias são reuniões organizadas pelos partidos políticos ou federações para deliberar sobre coligações e escolher os candidatos que disputarão cargos eletivos. No caso das eleições municipais, essas convenções são responsáveis pela escolha dos candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.

No período de pré-candidaturas, no interior do estado já existem chapas com vices como Presidente Figueiredo, Itacoatira, entre outros. Já na capital amazonense com pelo menos 8 pré-candidaturas, nenhum possui sinalização.

O cientista político Carlos Santiago explica que um vice em uma campanha eleitoral deve agregar força política, em um segundo momento, um substito ideal durante a gestão da chapa vencedora. Santiago relembrou capitulos em que vices não conseguiram emplacar articulação ou envergadura em gestões.

“Do ponto de vista político, o vice ideal é aquele que agrega força política dentro de uma composição eleitoral, trazendo apoiadores e votos, além de ser uma pessoa leal à composição política e ao titular do cargo à cabeça de chapa dentro de uma composição eleitoral. Ele pode ser aproveitado também, uma vez eleito, como gestor público. Nas áreas mais diversas da administração municipal. Há casos no Amazonas em que o vice assumiu o papel de destaque, como hoje o Rota tem na Prefeitura de Manaus, assim como Issa Abraão teve na gestão Arthur Vigílio. Mas há momentos e fatos de conflitos entre o titular e o vice. Hissa brigou com Arthur Vigílio, Rota também teve conflito com Arthur Vigílio, assim como Carlos Souza teve indisposição com o prefeito da época, Amazonino Mendes. E o caso mais emblemático é o vice da presidente Dilma, que tramou a sua derrota”, afirma.

Em outro ponto, Calrlos Santiago também explica a ponderação e o pragmatismo que pré-candidatos a prefeito estão tendo nesse momento de pré-candidaturas.

“O momento de articulação de forças políticas é colocar o nome à disposição da sociedade para debater os problemas da cidade, indicar soluções, promover reuniões e, só depois, nas convenções partidárias, que acontecerão entre o dia 20 de junho a 5 de agosto, é que os grupos políticos irão definir a chapa completa com o nome principal e o vice. Até lá há uma movimentação intensa com o objetivo de fortalecer os nomes lançados”, finaliza.

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