Manaus,27 de novembro de 2024

Eleições 2024 ainda apresentam indefinições na direita e esquerda

Faltando pouco mais de 6 meses para o eleitor manauara decidir quem deve comandar  a Prefeitura de Manaus, ainda  há indefinições sobre os nomes que devem concorrer ao pleito 2024 tanto por parte da doreita quanto da esquerda. Enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT) é pragmático na escolha de um nome para representar Lula em Manaus, a direita já conta oficialmente com quatro opções, mas a que foi indicada diretamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda está sem a definição do vice.

O Comun catalogou os nomes que fazem parte das opções oficializadas pela Direita na capital amazonense. Confira:

Alberto Neto

Com a recente oficialização do deputado federal Capitão Alberto Neto como pré-candidato a prefeito pelo PL, Manaus já tem o “candidato” de Bolsonaro. A oficialização ocorreu após meses de articulação entre o parlamentar e nacional do PL.

Alberto Neto chegou a ensaiar uma reconciliação com o Coronel Menezes, amigo pessoal do ex-presidente, com quem o parlamentar havia rompido. No entanto, a confirmação para o pleito apontou apenas para o deputado e não considerou a figura de Menezes, que, até então era mais próximo do ex-presidente. O nome do vice da chapa ainda não foi anunciado.

Maria do Carmo Seffair 

Apesar do PL ser o partido de Bolsonaro, o partido Novo, possui nomes de destaque na oposição, como Marcel van Hatten, Gilson Marques, Eduardo Girão e Adriana Ventura. Em Manaus, o Novo já disputou prefeitura e em 2024 o nome escolhido pela legenda é o de Maria do Carmo Seffair.

Na capital além de presidir o Novo, Maria do Carmo Seffair também é reitora da faculdade Fametro. Seffair já tem realizado visitas em diretórios no interior do Amazonas onde anunciou pré-candidaturas nos municípios de Presidente Figueiredo e Parintins.

Roberto Cidade

Outro nome que também surge de uma legenda robusta no Congresso é o de Roberto Cidade. Lançado pelo União Brasil, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) se apresenta no pleito com uma postura mais chegada à figura de Wilson Lima do que para Bolsonaro, mas não deixa de levar o lastro da direita consigo para as eleições.

Cidade será a aposta do governador Wilson Lima nessas eleições.

David Almeida

Mesmo se distanciando de um movimento claro ideológico, o prefeito da capital, David Almeida chegou a procurar  o PL antes de declarar a decisão de permanecer no Avante. David Almeida confirmou que chegou a ter diálogo com a legenda mas não chegaram a uma conclusão que o abrigassem em campanha para reeleição.

Bolsonaro também foi a escolha de David Almeida nas últimas eleições, apesar de hoje ele buscar alinhamento com o governo federal por meio dos senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD).

Nomes da esquerda

Sem definições oficializadas pelo partido dos trabalhadores, outras legendas aproveitam a vacância para flertar com o pleito 2024. O PDT anunciou o médico Israel Tuyuka como pré-candidato a prefeito de Manaus.

A presidente do Psol, Natália Demes divide com Marcelo Amil a possibilidade de disputar o pleito pela agremiação.

Em entrevista recente, o vereador do PT, Sassá da Construção Civil, afirmou que lideranças do PT devem realizar neste sábado (30/3) as reuniões iniciais para definir nomes à prefeitura de Manaus. Cinco figuras políticas estariam no centro das discussões, seriam eles: Zé Ricardo, Anne Moura, Luís Borges, Valdemir Santana e o próprio Sassá.

O PCdoB, partido confederado ao PT também deve sugerir o nome de Eron Bezerra.

“Aqui não tem polarização porque só tem um lado”

O cientista político Carlos Santiago foi enfático em classificar que a capital amazonense não possui ainda o ritmo de uma polarização como em outras capitais. Santiago afirma que falta tato político e social por parte de agentes da esquerda em Manaus.

“Não existe essa polarização que é encontrada em outras capitais do país, porque os partidos de direita ou alinhados com Bolsonaro são fortes, possuem cargos eletivos nos paramentos. O governo do Amazonas, a prefeitura de Manaus, eles detêm cargos secretários e uma boa articulação com a sociedade, com os evangélicos, com os trabalhadores de aplicativos e outros. Enquanto isso, os denominados partidos de esquerda ou progressistas. Não possuem força política e também grandes lideranças políticas na cidade de Manaus e no Estado. E estão desarticulados, inclusive, com a sociedade civil”, inicia.

Santiago afirma, ainda, que o verdadeiro embate entre partidos em Manaus atualmente ocorre entre os próprios partidos da direita, a respeito de quem terá o apoio de Bolsonaro.

“Então, o que tem de disputa hoje na cidade de Manaus é o apoio do Bolsonaro, o apoio de políticos que são bolsonaristas. Conflito entre os partidários da direita para saber quem vai vencer as eleições ou quem vai eleger mais eleitores. Enquanto os partidários da esquerda, sequer conseguem consenso para montar uma chapa majoritária. Manaus é diferente até o momento, de boa parte do país, porque aqui não tem polarização porque só tem um lado, o outro lado é muito fraco”, afirma.

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