A Executiva Nacional do União Brasil votou de forma unânime pela expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) do partido. A decisão foi tomada após sua prisão sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. O anúncio foi feito no domingo (24/3), com o cancelamento da filiação partidária de Brazão, conforme divulgado em nota pela legenda.
“A decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher”, explicou o partido, em nota.
A representação contra Chiquinho Brazão foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (União-PB), ambos membros do partido. Antônio de Rueda, presidente da legenda, já havia solicitado a abertura do processo disciplinar contra o parlamentar envolvido no caso Marielle.
Chiquinho Brazão, atualmente em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, foi eleito em 2022 com mais de 77 mil votos após quatro mandatos consecutivos como vereador no Rio de Janeiro. Ele é um dos três acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018.
Confira a nota na íntegra:
NOTA OFICIAL
A Comissão Executiva Nacional do União Brasil aprovou por unanimidade o pedido cautelar de expulsão com cancelamento de filiação partidária do deputado federal Chiquinho Brazão. A representação foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (UNIÃO-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (UNIÃO-PB).
Embora filiado, o parlamentar já não mantinha nenhum relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar.
A decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher.
O presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, já havia pedido abertura de processo disciplinar contra Chiquinho Brazão, preso neste domingo (24) e apontado pela Polícia Federal como mandante da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra a vida, o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson.