Manaus,28 de novembro de 2024

PGR vê ligação entre Roberto Jefferson e atos de 8 de janeiro

As diligências dos atos golpistas de 8 de janeiro aos prédios dos três poderes parecem não ter fim. Na última sexta-feira (19/1), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou perante o Supremo Tribunal Federal (STF) que as investigações envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson podem apresentar uma ligação significativa com os eventos ocorridos em 8 de janeiro.

O parecer dessa investigação foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual o procurador se posiciona de maneira contrária ao pedido da defesa de Jefferson para transferir o processo do Supremo. O ex-parlamentar é acusado de atacar as instituições.

Ao sustentar a continuidade do processo no âmbito do STF, Gonet argumentou que as acusações contra Jefferson guardam relação com os delitos perpetrados durante o episódio de 8 de janeiro, que também estão sob apreciação no tribunal. Em 2022, Jefferson tornou-se réu no STF sob a acusação de instigar a invasão do Senado e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Os fatos imputados ao réu Roberto Jefferson podem ser vistos como elo relevante nessa engrenagem que resultou nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023. Essa perspectiva se fortalece na consideração de que se atribui ao réu, além de haver utilizado parte da estrutura partidária financiada pelo erário para fragilizar as instituições da República, ter formulado publicamente túrpidos ataques verbais contra instituições centrais da República democrática, num esforço que a visão deste momento permite situar como estratégia dirigida a fomentar movimento de rompimento condenável da ordem política”, expressou o procurador em sua manifestação.

Às vésperas das eleições, no ano anterior, Roberto Jefferson foi detido após divulgar um vídeo online no qual insultou a ministra Cármen Lúcia com linguagem vulgar.

Durante o cumprimento do mandado de prisão pela Polícia Federal, o ex-deputado deu tiros de fuzil e lançou granadas contra os policiais que foram ao local. Em função do episódio, ele foi indiciado por quatro tentativas de homicídio e virou réu na Justiça Federal.

Durante a execução do mandado de prisão pela Polícia Federal (PF), o ex-deputado disparou tiros de fuzil e lançou granadas contra os policiais que estavam na frente da residência de Roberto Jefferson. Em virtude desse incidente, ele foi indiciado por quatro tentativas de homicídio e tornou-se réu na Justiça Federal.

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