O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) tentou mais uma vez, na manhã desta terça-feira (19/12), justificar o motivo de ter votado contra a Reforma Tributária, texto que assegura o diferencial competitivo da Zona Franca de Manaus (ZFM). Sendo ele, que foi o único parlamentar da bancada do Amazonas a votar contra a medida, a Reforma “ainda não estava madura” e precisava ser revisada com mais cuidado pois estava atacando o setor que mais emprega no Brasil e isso poderia fazer com que o País não crescesse economicamente.
A fala ocorreu durante participação do deputado em um programa de rádio local.
“Exatamente foi isso que eu fiz o discurso na tribuna, eu acho que a gente poderia avançar mais essa Reforma, eu falo que ela ajuda a indústria na redução da tributação ela ajuda toda a cadeia longa na cumulatividade dos créditos. Mas quem tem uma cadeia curta que é o setor de serviços na sua grande maioria que é o responsável por 70% dos empregos no nosso Brasil é muito prejudicado e você dobra a tributação. Então imagina quem está trabalhando no comércio quem está fazendo serviço sabe que a água está chegando no nariz e você dobrando a tributação dessa pessoa ela vai afundar e a empresa vai fechar, vai ter desemprego e a economia não vai crescer. Então nós tínhamos que amadurecer mais essa Reforma”, justificou.
Ao ser questionado se seu discurso não estaria convencendo o eleitor amazonense, Neto afirmou que estaria “preocupado com todo o Brasil”. “A Zona Franca é diferente de São Paulo. Nós não vendemos para o Amazonas, não temos um mercado consumidor gigantesco como São Paulo que tem o PIB maior do que o da Argentina. São proporções diferenciadas, nós precisamos do Brasil, vivemos para o Brasil, tanto que nessa Reforma e isso é muito ruim para o nosso Estado a arrecadação sai da origem e vai para o destino e só com isso perdemos 50% da nossa arrecadação”, afirmou.