O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, depôs à Polícia Federal (PF) relatando que o ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, solicitou que ele recomprasse o relógio Rolex dado ao presidente durante uma viagem oficial.
O Rolex havia sido vendido à loja Precision Watches, na Pensilvânia (EUA), pelo tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens da Presidência. O ex-secretário de Bolsonaro pressionou o advogado para cumprir a ordem de repatriar o item de luxo. A PF já possui registros de ligações entre Wassef e Wajngarten antes da operação nos Estados Unidos.
No depoimento à PF, Wassef alegou que tinha uma viagem programada para os EUA e que, após insistência de Wajngarten, usou dinheiro em espécie para recomprar o Rolex. A PF acionou o FBI em agosto deste ano para aprofundar as investigações sobre o esquema, e em outubro, o governo dos EUA autorizou a atuação do órgão para investigar transações de aliados de Bolsonaro no país.