Após a cidade ser cercada por uma nuvem de fumaça resultante de incêndios criminosos, Manaus registrou, nesta quinta-feira (23/11), um índice pluviométrico superior a 38 milímetros. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), prevê-se que as chuvas persistam na capital amazonense até o final de semana.
Nos próximos dias, o Inmet antecipa a presença de muitas nuvens com episódios isolados de precipitação em Manaus. O monitoramento do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) indica que, com a chuva, a qualidade do ar em boa parte da capital varia entre boa e moderada.
Quanto ao Rio Negro, que atingiu sua cota mínima histórica em 27 de outubro, registrando 12,70 metros no Porto de Manaus, está gradativamente elevando-se. Nesta quinta-feira, o nível alcançou 13,47 metros. A elevação no leito do rio é aguardada por pescadores e ribeirinhos ansiosos por retomar suas atividades. Enfrentando desafios de mobilidade, eles denunciam negligência por parte das autoridades locais e estaduais, incluindo a falta de cestas básicas, acesso à água potável e energia elétrica.
Na terça-feira (21), o Inmet destacou previsões de chuvas mais intensas na Região Norte nos próximos dias, com volumes entre 30 mm e 80 mm em municípios do Amazonas, Acre, Rondônia e sul de Roraima, acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. A previsão abrange até a próxima segunda-feira (27).
O Amazonas enfrenta uma seca severa, com todos os 62 municípios do estado em situação de emergência, afetando 598 mil pessoas e 150 mil famílias, conforme boletim divulgado nesta quarta-feira (22) pela Defesa Civil. No período de 1º de janeiro a 20 de novembro, foram registrados 19.404 focos de calor no estado, sendo 2.805 na região metropolitana de Manaus.
