Nesta segunda-feira (30/10), a Federação de Comércio do Amazonas (Fecomércio/AM) proporcionou um encontro entre políticos do Amazonas, entidades de classe e sindicatos para debater a importância e urgência das obras da rodovia BR-319, crucial para a superação dos desafios logísticos enfrentados pela região neste momento de estiagem severa.
Em setembro, Peixoto levantou a importância da BR-319 no atual momento em que o Amazonas enfrenta a maior seca já registrada na história do estado. Com a vazante, que tradicionalmente diminui o nível dos rios, o estado foi surpreendido com uma estiagem sem precedentes, que trouxe inúmeras consequências negativas como o comprometimento da navegação que resultou em desabastecimento em cidades do interior e na capital. Tal fato chegou a impactar a economia do Polo Industrial de Manaus, já que depende do transporte fluvial para receber insumos e escoar a produção.
“O reflexo da falta que essa BR faz ao nosso estado e a nossa cidade está sendo sentida em todas as cadeias econômicas e sociais. Temos irmãos ribeirinhos ilhados em suas comunidades em quase todos os municípios do Amazonas, tendo que contar com a iniciativa pública para garantir sua sobrevivência. Na capital, nosso comércio e nossas indústrias também são impactadas. A economia local está sendo seriamente colocada em risco por falta de boa vontade. Estamos com nossas indústrias paradas pela falta de materiais. Isso é inadimissível”,afirmou.
Durante o evento, Peixoto cobrou um posicionamento do Governo Federal em relação ao assunto. Para o vereador, é necessário aproveitar o triste momento como exemplo para assim evitar impactos tão severos quanto ao que vivemos atualmente.
“Eu me pronunciei, coloquei meu ponto de vista sobre o tema, chamei o Governo Federal a sua responsabilidade, porque nós temos um processo de licenciamento mas que processo é esse? Onde anda esse projeto? Porque é liberado outros licenciamentos que mexem com o meio ambiente e aqui não? É necessário a união de esforços e cobrar o Presidente da República, a Ministra do Meio Ambiente ou seja lá quem for”, disse o parlamentar.
Com a logística restrita, o funcionamento de indústrias no Distrito Industrial, vem sofrendo com constantes intercorrências. Há duas semanas, duas grandes fábricas anunciaram férias coletivas dos funcionários. Um procedimento normalmente programado para a semana de festas do fim de ano, foi a solução encontrada para evitar piores impactos com a pausa da linha de produção.
“Todos os anos passamos pela cheia e pela vazante, mas esse ano estamos vivenciando algo anormal, mesmo assim já deveria ter um “plano B” para este tipo de situação. Não tem, e assim vamos vivendo à deriva, e pior, correndo o risco de ter consequências como a demissão em massa de funcionários em caso a não normalização da navegação e o retorno da produção”, finalizou Peixoto.