Segundo o boletim da Defesa Civil, a estiagem severa que atinge o Amazonas já vêm afetando cerca de 633 mil pessoas, onde das 62 cidades do estado, 59 já estão em situação de emergência. Somente os municípios de Presidente Figueiredo e Apuí estão em situação é de normalidade, enquanto Canutama já está em alerta.
A Defesa Civil diz que 158 mil famílias são afetadas pela seca de 2023, com isso, o governador Wilson Lima decretou, ainda em setembro, situação de emergência em 55 dos 62 municípios do estado. Entre janeiro a 21 de outubro, já foram registrados 17.691 focos de calor no Amazonas. Apenas em outubro, foram 3.060 focos, mais do dobro do período do ano passado, quando foram notificados 1.200.
Em Manaus, a seca é considerada como a pior entre 121 anos. A cota do Rio Negro, nesta segunda-feira (23/10), está em 12,89m, a menor registrada desde 1902, quando começaram as medições do volume do rio. O recorde de alta já medido foi de 30,02 metros em 16 de junho de 2021, com a cheia histórica.
Na última semana, o governo federal disponibilizou cerca de R$ 100 milhões para ações de dragagem dos trechos do rio que estão em pontos críticos, próximos à Itacoatiara e Manaus. A região tem aproximadamente de 2,3 milhões habitantes e o objetivo é evitar o desabastecimento de itens básicos. O Ministério dos Portos e Aeroportos relatou que os órgãos já deram início aos trâmites para a contratação emergencial da dragagem, que deve começar nos próximos dias, nesta segunda quinzena de outubro.
De acordo com a Marinha, o navio é “o principal meio de transporte para distribuição de cestas básicas e suprimentos essenciais na região”. A embarcação deve percorrer 1.350 quilômetros, incluindo os municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.