Manaus,24 de novembro de 2024

Vereador que pediu reajuste em plena seca é condenado por ameaça

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) condenou, por ameaça e desacato, o vereador Gerson D’Ângelo (Republicanos), da Câmara Municipal de Manacapuru. A pena de 2 anos e 12 dias, deve ser cumprida inicialmente em regime aberto, por ser o que atende ao artigo 33 do Código Penal.

Gerson D’Ângelo é primo do prefeito da cidade, Beto D’Ângelo.

Por determinação do juiz de Direito em substituição da Comarca de Manacapuru, Marco Aurélio Plazzi Palis, o vereador ainda terá que pagar a pena de multa. A aplicação seria de de 100 dias-multa a 1/10 (um décimo) do salário mínimo.

O vereador Gerson D’Ângelo esteve envolvido em mais uma polêmica ao cobrar do presidente da Câmara de Manacapuru reajuste salarial enquanto o município está na lista dos 50 municípios afetados pela severa estiagem que o Amazonas enfrenta.

Entenda o caso

O vereador Gerson D’Ângelo havia sido denunciado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) pela prática dos crimes de difamação, ameaça, desacato e infração de medida sanitária preventiva durante a pandemia da Covid-19, no dia 25 de maio de 2021, nas dependências da escola municipal Zoraida Ribeiro Alexandre. A Câmara Municipal funcionava temporariamente na unidade de ensino devido à enchente e o vereador, ao ser informado da obrigatoriedade do uso de máscara dentro da escola, não quis cumprir a medida de segurança sanitária.

Na ocasião, o vereador passou a injuriar e desacatar o diretor da escola, Jackson Azevedo de Souza, o vigia, Elones Moreira da Silva, e a auxiliar administrativa Mikaela Amorim Lima, de quem Gerson chegou a tomar temporariamente o celular das mãos.

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