Previsões do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam que toda a agressividade da estiagem que atinge a Amazônia neste ano pode ser responsável por um recorde e ainda deve se estender até o mês de janeiro de 2024. A situação de diversos rios estratégicos para a região é crítica, com vazões (volumes) que jamais foram vistas antes nesse período.
Com a estiagem se alongando, o número de municípios afetados pela crise também deverá aumentar até o final do ano, impactando diretamente a navegação e o acesso à água potável, intensificando as queimadas e contribuindo com perdas na produção agrícola familiar.
Poucas chuvas
O Cemeden registou que, desde o mês de maio, alguns estados do Amazonas não estão recebendo o nível de chuva que deveriam receber. O auge desse cenário ocorreu entre os meses de julho de setembro. “Em grande parte do Amazonas, Acre e Roraima, observa-se uma anomalia de chuvas de -100 a 150 milímetros. Devido ao déficit acumulado de precipitação, a umidade do solo alcançou níveis críticos ao longo do mês de setembro”, aponta comunicado oficial do órgão.
Baixos níveis dos rios
Apesar da estação chuvosa que deverá ocorrer entre novembro e dezembro, de acordo com o Cemeden, não deverão conseguir encher os rios do Amazonas, e que deverá ficar abaixo da média que se era esperado no início de 2023. “Grande parte dos rios da região Norte, entre os Estados do Amazonas, Acre encontram-se com níveis muito abaixo da média climatológica”, concluiu o Cemeden sobre as consequência da queimada que contribui para a baixa frequência de chuvas no Amazonas.