Manaus,24 de novembro de 2024

STF forma maioria para derrubar marco temporal

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para derrubar o Marco Temporal para a demarcação de terras indígenas. De acordo com essa tese, as comunidades indígenas teriam o direito de somente reivindicar terras que estavam sob sua ocupação no momento em que a Constituição Federal entrou em vigor, em 1988.

Entre os nomes que votaram contra o marco temporal, estão:

  • o relator, ministro Edson Fachin,
  • Alexandre de Moraes,
  • Cristiano Zanin;
  • Dias Toffoli;
  • Luiz Fux;
  • Cármen Lúcia;
  • Luís Roberto Barroso;
  • Rosa Weber;
  • Gilmar Mendes.

Votaram a favor:

  • André Mendonça;
  • Kassio Nunes Marques.

Diversos grupos indígenas fizeram mobilizações durante todos os dias em que a Corte julgou o caso, desde o ano de 2021. Nesta semana, cerca de 300 acompanharam o julgamento por meio de um telão montado sob tendas em frente ao STF. Esta foi a 11ª sessão da Corte a tratar do tema. Entretanto, os ministros ainda devem voltar ao caso na próxima quarta-feira (27), para a fixação da tese de julgamento.

O agronegócio, no entanto, não é favorável à decisão. Antes da votação, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, falou que não respeitar o marco temporal fere o direito à propriedade. “É um direito dos produtores rurais se mobilizarem e eles devem mostrar essa aflição e indignação. Ninguém melhor que os representantes e pessoas diretamente afetadas para mostrar a realidade. Não reconhecer o marco temporal é desrespeito ao direito de propriedade”, disse.

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